O complexo enzimático NADPH oxidase catalisa a transferência de elétrons da NADPH à molécula de oxigênio através de suas subunidades catalíticas para gerar superóxido (O2¯) e peróxido de hidrogênio (H2O2). Em alguns tipos de células, liberam Espécies Reativas de Oxigênio (ERO) como forma de defesa contra patogênicos. Ainda há controvérsias, mas o complexo NADPH Oxidase é citado como fonte principal da produção de ERO no músculo esquelético. O músculo esquelético contém três tipos de fibras: de contração lenta ou fibras vermelhas (Tipo I) e contração rápida ou fibras brancas (Tipo II). Estes últimos são caracterizados por metabolismo glicolítico predominante, enquanto as fibras vermelhas têm um maior metabolismo oxidativo. Neste contexto, o músculo sóleo (SOL) é predominantemente fibra do Tipo I, o músculo gastrocnêmio vermelho (GV) do tipo IIa e gastrocnêmio branco (GB) do Tipo IIb, e o músculo Extensor Longo dos Dedos (ELD) é um complexo de fibras rápidas. Um estudo recente demonstrou diferenças significantes entre fibras do tipo I e fibras do tipo II em protocolo de exercício experimental para ratos em esteira. Deste modo, o objetivo deste trabalho foi analisar a atividade do complexo enzimático NADPH oxidase em diferentes tipos de fibra no músculo esquelético de ratos após uma sessão de exercício exaustivo. O trabalho foi¬¬¬¬ aprovado pelo Comitê de Ética Para o Uso de Animais (CEUA) da Universidade Estadual do Ceará – UECE sob o número 5236655/2016. Foram utilizados 12 ratos machos Wistar com 60 dias de vida obtidos do biotério do Instituto Superior de Ciências Biomédicas da Universidade Estadual do Ceará. Os animais foram divididos em grupo controle (C) e exercício (EXC). Após duas semanas de adaptação em esteira ergométrica, o grupo EXC realizou uma sessão de exercício exaustivo. As amostras da porção vermelha e branca do músculo gastrocnêmio, além dos músculos ELD e SOL foram dissecadas, pesadas e imediatamente congeladas em nitrogênio líquido. A atividade específica de NADPH Oxidase foi calculada pelas diferenças entre as atividades na presença e ausência de NADPH. Os resultados foram expressos em nmol H2O2 por hora por miligrama de proteína (nmol.h-1.mg-1). A concentração de proteína foi determinada pelo ensaio de Bradford. O grupo EXC apontou um aumento significativo da atividade de NADPH Oxidase no músculo GV (72,47±3,8 p