Tema muito abordado em relação à infância, o brincar é muito estudado e sua importância muito difundida, ao mesmo tempo em que as pressões à alfabetização precoce e as rotinas impostas às crianças não permitem que o mesmo seja vivido em sua totalidade. Reconhecendo sua importância, diversos autores já elegeram o brincar como categoria importante a ser pesquisada e o teorizaram em diversas perspectivas, as quais servem como guia de estudo para diversos pesquisadores (as) ao escolher um norte epistemológico. Devido à grande diversidade de teóricos sobre o brincar, esse trabalho tem como objetivo sintetizar as principais e mais difundidas teorias sobre o tema, justamente para clarificar as principais ideias e auxiliar os (as) pesquisadores (as) do tema a encontrarem em um único trabalho, vários referenciais distintos. Nesse sentido, foi feita uma revisão bibliográfica em obras originais de treze autores escolhidos: Rousseau, Froebel, Dewey, Piaget, Wallon, Vygotsky, Leontiev, Elkonin, Bruner, Freud, Fernandes, Brougère e Corsaro. Diante da diversidade de pontos de vista foi realizada uma separação por categorias de análise em três perspectivas: filosófica, psicológica e sociocultural. Como resultados, o brincar foi visto com imensa importância e diferentes entendimentos, principalmente como propulsor do desenvolvimento moral, cognitivo, físico, cultural e intelectual da criança, como possibilitador da internalização de regras sociais, orientador para significados mais universais e fundamentais da atividade humana e integrante da cultura lúdica.