O artigo tem como objetivo problematizar a questão do estudo da língua portuguesa, especificamente no ensino com o texto na sala de aula, já que essa prática não alcançou resultados satisfatórios, sendo necessário aos discentes expressar-se com segurança, clareza, falando, lendo e escrevendo. Faz-se necessário redimensionar o objeto de ensino, bem como nas mudanças dos procedimentos metodológicos adotados em nossas aulas. Nessa seara, adotamos como aportes teóricos os estudos de Antunes (2009), Bakhtin (1992), Costa Val (1999), Koch e Elias (2010), Marcuschi (2008), Dolz e Schneuwly (2004), entre outros. Para tanto, a problemática apresenta uma relação do trabalho com o texto, não com vistas a apresentar uma fórmula única, mas com o intuito de possibilitar soluções na prática cotidiana das aulas de português. Concebendo a língua e atrelando ao ensino numa prática social de interação verbal, temos um novo olhar quando lidamos com os tipos e gêneros textuais que circulam na sociedade contemporânea, a partir de uma sequência didática, contemplando atividades como: um roteiro de leitura, contextos e produção de sentidos e produção de textos escritos para o ensino da língua portuguesa. Por fim, concebemos o ensino com textos orais ou escritos, levando em consideração: sua funcionalidade, as especificidades dos tipos e gêneros textuais, a linguagem específica exigida em cada um deles, o suporte, as características composicionais, a situação sociocomunicativa de uso, o público a que se destina, atentando para a atribuição de sentidos e significados aos textos estudados dentro do espaço escolar e fora dele.