Esse artigo apresenta resultado de investigação com 101 estudantes do 4º e 5º ano do ensino fundamental de escolas municipais da região de Formosa-GO. Essa investigação teve como objetivo analisar e identificar as representações de pobreza, e desigualdade socioeconômica. Utilizou-se entrevista clinica individual e para a análise dos resultados utilizou-se os níveis propostos por Denegri (1997) que são IA, IB, II e III e indicam o pensamento econômico dos participantes. Somente 5% dos estudantes dessa investigação estão no nível de pensamento esperado, 95% apresentam defasagens na compreensão dos fenômenos econômicos e sociais. Durante a distribuição dos entrevistados nos níveis propostos, observou-se que os estudantes dos Níveis IA e IB associam riqueza com felicidade, bem-estar e saúde. Foi apontado um nível intermediário, este classificado como “Transição” estes apresentam características de pensamento do nível IB e II. Na amostra total o nível II teve um percentual bem menor em relação aos outros níveis. Esse é um nível mais evoluído, os estudantes já têm uma compreensão maior de mobilidade socioeconômica embora ainda elementar, percebem que para que ocorra mobilidade existem restrições externas, mas continuam a priorizar e valorizar o esforço individual. Somente a compreensão da problemática que circunda a pobreza e a desigualdade e dos demais fatores sociais envolvidos poderá contribuir para uma sociedade mais equânime. No contexto brasileiro com tantos problemas de ordem econômica e financeira esse é o tipo de resultado que preocupa e impulsiona a propor programas de educação econômica e financeira, que apresente estratégias e busque soluções.