O estudo se propôs a averiguar a gestão democrática no que se refere ao cargo de direção, por meio da análise das nomeações/exonerações em diário oficial (D.O.) do município de São Gonçalo, localizado no Estado do Rio de Janeiro – Brasil. Observou-se que uma das escolas municipais passou por processo de exoneração/nomeação por cinco vezes em apenas 18 meses e por isso ganhou destaque nesse trabalho. Em uma prática política partidária resistente que descumpre à meta 19 do Plano Municipal de Educação de São Gonçalo/RJ (PME/SG), as mudanças arbitrárias por meio do D.O. impactam a rotina administrativa, pedagógica e financeira da escola, gerando descontinuidades e desarticulação do Conselho Escolar. Em uma abordagem qualitativa, com análise documental dos Diários Oficiais, entre janeiro de 2017 e junho de 2018, os resultados apontaram para a ausência de política de gestão democrática no provimento do cargo de diretores, pois a cada exoneração/nomeação há arbitrariedade e retrocessos e, apesar da legislação anunciar a eleição direta para diretor no PME/SG (2015/2024), perdura uma prática antidemocrática de indicação política partidária. Com o aporte das leituras de Carnoy e Souza, investe em uma reflexão sobre a dominação e ideologia que prevalecem, sobrepondo aos estudos e legislações que tentam garantir a prática da gestão democrática no território brasileiro.