Acreditamos ser de suma relevância reconhecer a figura do índio na construção da
identidade do nosso país. Se comparado com os números de indivíduos durante a colonização,
atualmente, contamos com a presença de poucos indígenas no território brasileiro. Nos anos 70, iniciase
uma nova fase na história dos povos colonizados no Brasil. Assim como quilombolas e
descendentes dos povos africanos, os indígenas aparecem no cenário político, contrariando a ideia de
extinção e rompendo com a invisibilidade historicamente construída em processos cumulativos de
inferioridade simbólica. Os dados obtidos para o desenvolvimento da pesquisa foram obtidos a partir
de estudos concluídos sobre a relação do Movimento Indígena com a educação. Além do levantamento
bibliográfico, utilizamos de relatório de aula de campo à comunidade do Catu dos Eleotérios. Única
comunidade indígena do Rio Grande do Norte que conta com uma escola indígena. O protagonismo
dos povos indígenas qualifica os sujeitos envolvidos como capazes de romper com as condições
impostas até então. A comunicação entre os povos era dificultosa, já que existia uma vasta variedade
de línguas desses povos e o português não era falado por todos. Conhecer as leis, a ciência e os
códigos do homem branco é posicionar politicamente em oposição ao estado de tutela que foram
submetidos. Assim, o Movimento Indígena contribuiu significativamente para o entendimento,
organização e compartilhamento de problemas e soluções. A busca por um futuro melhor guia a
esperança de transformar a escolarização em um forte aliado, se opondo ao modelo integracionista de
catequese e civilização dos indígenas.