Várias pesquisas apontam o público universitário como bastante vulnerável ao sofrimento psíquico e ao adoecimento mental. Tendo em vista que a qualidade da aprendizagem é influenciada entre outros fatores, por questões psíquicas e emocionais, o trabalho aqui descrito relata a experiência com intervenções grupais para o gerenciamento do estresse entre estudantes universitários. A proposta executada visou a educação em saúde, em uma abordagem dialógica e contato face-a-face, cujo objetivo foi para além de discutir e apresentar intervenções para lidar com o estresse, promover a saúde mental e reforçar o empoderamento e reconhecimento dos discentes como sujeitos do conhecimento. Para execução desse trabalho, foram desenvolvidas intervenções grupais com o intuito de discutir o reconhecimento e possíveis intervenções para o gerenciamento do estresse e da ansiedade, queixas frequentes entre os discentes. As intervenções envolveram rodas de conversa, oficinas e minicurso. Como resultados, pode-se observar o fortalecimento dos vínculos e o desenvolvimento do suporte emocional espontâneo entre os estudantes, que passaram a reconhecer queixas comuns e perceber possibilidades de modificação dessa realidade a partir do empoderamento e gerenciamento de fatores estressores, reconhecendo seus limites e evitando situações de sobrecarga física e mental.