Aprender é um processo difícil de contato com conhecimentos e sujeitos sociais, no entanto, não precisa ser vivido como experiência traumática, de insatisfação. A vida na escola apresenta às crianças pequenas as ideias coletivas da sociedade, mesmo quando inconscientemente. O presente artigo presta-se a observar a partir do campo da psicanálise a dobra dos efeitos nocivos dos "castigos" escolares como severas ferramentas colonizadoras, destinadas a mutilar a inocência de crianças negras e a figura do professor como potência capaz de perfilhar a estrutura estratificante da vulnerabilidade racial-histórica-social-política-econômica, a partir da aplicação de um Ideal descomprometido em pensar o corpo e a diferença nos processos educativos. Então, são dois trabalhos, às tendenciosas ideias coletivas de discriminação racial, onde aparentemente isola-se, para recuperar na tentativa de educar, ensinar. Acreditar nessa imagem contribui para a morte simbólica do direito a educação, a justiça e equidade.