O surgimento das novas Tecnologias de Informação e Comunicação tem alterado profundamente as relações sociais e democráticas em nosso país. Os extraordinários avanços tecnológicos dos últimos anos vem transformando significativamente o panorama das modernas sociedades democráticas e o espaço virtual das redes sociais tem sido utilizado para ampliar o processo democrático, ao mesmo tempo em que tem sido alvo também de práticas antidemocráticas, que atingem e denigrem a figura do outro que não compartilha da mesma postura ideológica, caracterizadas por discurso de ódio, ataques pessoais e em alguns casos até xingamentos, quando as opiniões conflitam e divergem umas das outras. O que se pretende ressaltar, nesta comunicação, é a possibilidade de que a prática da meditação, com ênfase da meditação de atenção plena (mindfulness) possa oferecer aos novos cidadãos do século XXI a capacidade de se colocar de forma construtiva e dialógica na esfera pública política, manifestar e compartilhar suas ideias, opiniões e pensamentos, sem a necessidade de agredir o outro e sem ver o outro como um adversário que deve ser vencido a todo custo. Como metodologia utilizou-se a pesquisa exploratória e bibliográfica. A partir da pesquisa exploratória pudemos colher alguns dados relevantes que demonstram as práticas antidemocráticas através das redes sociais e, através da pesquisa bibliográfica sobre a prática da meditação mindfulness, defender a ideia de que a meditação possa ser uma técnica utilizada para resolução de conflitos no contexto democrático de exercício da cidadania.