SILVA, Suenia Roberta Vasconcelos Da. A fala ecolálica. Anais V CONEDU... Campina Grande: Realize Editora, 2018. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/45769>. Acesso em: 05/11/2024 05:35
O presente trabalho sobre a fala ecolálica da criança com autismo tem por objetivo compreender a linguagem do autista tendo em vista a sua singularidade, sabendo que o processo de apropriação da língua é repleto de subjetividade. O diagnóstico de autismo se dá em virtude dos indícios que afetam a vida social e o dia a dia do sujeito, começando desde a mais tenra infância. No autismo percebemos algumas dificuldades com relação à linguagem, tendo em vista as alterações encontradas na linguagem, como por exemplo, a ecolalia. Essa questão da repetição da ecolalia permitiu que desde o princípio o sujeito autista fosse compreendido como desprovido de linguagem, por causa da dificuldade de comunicação. Assim, o interlocutor precisa compreender o contexto em que o discurso está inserido para promover sentido à enunciação do sujeito autista. Compreendendo que a linguagem é qualquer sistema de sinais usados pelos sujeitos para se comunicar, na qual manifesta características do sujeito. Apresentamos uma pesquisa qualitativa do tipo estudo de caso, baseado em observações de fragmentos de linguagem, que contêm ecolalia, de uma criança autista que faz parte do Grupo de Convivência e Acolhimento Autismos, da Universidade Católica de Pernambuco. Tais fragmentos da linguagem foram selecionados do banco de dados do laboratório de linguagem do Programa de Pós-graduação em Ciências da Linguagem daquela mesma universidade e analisados através do programa ELAN. É por meio do discurso que o sujeito autista se enuncia na língua, esta enunciação configura um quadro figurativo que constitui o diálogo.