O referido trabalho trata da análise de experiências educativas realizadas no âmbito da disciplina de estágio em ensino de biologia 1 (EEB 1) atrelada a um projeto de extensão desenvolvido em espaços não formais de ensino cujo fio condutor de suas ações está na educação inclusiva. Os sujeitos da amostra foram licenciandos em ciências biológicas matriculados em EEB1 nos semestres de 2014.1 à 2016.1 e que atendendo as demandas do campo de estágio desenvolveram um Projeto de Ação Colaborativa (PAC) em instituições voltadas ao atendimento de crianças e jovens com deficiência visual e/ou intelectual. Para análise dos PACs utilizamos Bardin (1977), o que nos possibilitou organizar os dados em duas categorias: (1) conteúdos biológicos demandados pelo campo de estágio e (2) estratégias e/ou recursos didáticos inclusivos contemplados pelos PACs. Os resultados apontam que nos PACs desenvolvidos as estratégias/recursos buscaram superar as lacunas deixadas pelo ensino tradicional pautado apenas no livro didático e na exposição oral dos conteúdos biológicos tornando-os menos abstratos e mais dinâmicos de acordo com as especificidades de cada deficiência. Assim, concluímos que desenvolver projetos educativos em espaços não formais que atendem pessoas com deficiência, atrelando ao estágio curricular um projeto de extensão, possibilitou aos futuros professores uma vivência formativa para além da escola e que será essencial para o trabalho pedagógico a ser realizado em sala de aula. Por fim, destacamos a necessidade dos docentes (re)pensarem suas práticas considerando em seus planejamentos de ensino as diferenças de aprendizagem apresentadas por seus alunos.