As práticas pedagógicas que inserem a brincadeira na rotina, afirmam a importância da atividade lúdica na constituição dos processos de desenvolvimento e aprendizagem dos humanos. Mas como essa proposição pode se ocorrer nas experiências com as crianças público alvo da educação especial? Na expectativa de responder a esse questionamento, o trabalho objetiva discutir o potencial inclusivo da atividade lúdica, de forma particular da brincadeira do faz de conta, em uma turma da Educação Infantil do Núcleo de Educação da Infância – NEI, Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O percurso metodológico foi definido pela abordagem qualitativa de pesquisa, utilizando-se como instrumento de construção de dados a observação e o registro em diário de campo. Para as análises, a investigação transitou na relação teoria/prática, estabelecendo um diálogo com autores, tais como: Piaget (1976), Kramer (1993), Brougère (1997), Vygotsky (1998), Kishimoto (1999), Stainback,; Stainback (1999), Borba (2007), entre outros e nos documentos oficiais: Brasil (1998) e Brasil (2007).Os resultados da pesquisa sinalizam que as experiências propostas pela escola – brincadeiras no canto do faz de conta da sala de vivência/referência, parque e brinquedoteca possibilitaram acolhimento e interação significativa entre os pares envolvidos, contribuindo para que a inclusão fosse efetivada e as diferenças e diversidades existentes no grupo fossem aceitas e respeitadas. Portanto, a brincadeira estando presente na escola trará inúmeros benefícios ao desenvolvimento das crianças com deficiência, além de favorecer a interação entre todos, aproximando a criança com deficiência do seu meio, tão necessário para que se sinta membro do grupo, elemento fundamental para uma efetiva inclusão.