A inclusão escolar é um pressuposto que impõe mudança de paradigma das escolas, passando a olhar para as diferenças e necessidades dos alunos, nas quais essas características servem de base a para a estruturação do ensino. crianças com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) são público da educação especial, que possuem direito de acesso as escolas regulares.Alguns estudos mostram que crianças com TEA são capazes de processar as informações visuais melhor que as informações verbais, pois elas possuem dificuldades com o abstrato. Dessa forma, o uso de imagens, fotografias, figuras e de materiais concretos contribuem para a compreensão dessas crianças com os conteúdos e atividades desenvolvidas em sala de aula, além de minimizar os déficits nas áreas comprometidas pelo transtorno (QUILL, 1995).O objetivo desse estudo é compreender, a partir de um relato de experiência, as contribuições do uso da chamada visual para uma criança com TEA incluída em sala de aula regular. O estudo foi realizado através da atividade de chamada visual, realizada em uma turma de anos iniciais que possuía uma criança com TEA matriculada. A chamada visual consistia em um painel fixado na parede, com as fotos de todos os alunos da turma. A criança com TEA precisou da assistência da professora e dos colegas para realizar a atividade proposta, na qual ela foi instigada a identificar, reconhecer e associar a escrita do seu nome à sua fotografia. Ela foi capaz de realizar e compreender a lógica da atividade, perante as pistas que a professora forneceu. Para este aluno a oportunidade de vivenciar momentos de aprendizagem mútua com seus pares e a professora foi importante para o desenvolvimento da sua habilidade de atenção compartilhada. Com a utilização da chamada visual, foi possível perceber que esta atividade favoreceu interações entre os pares e principalmente da professora com o aluno com TEA. Esta atividade foi significativa não só para o aluno com TEA, mas motivou a participação de toda turma. Além disso, mostrou que um trabalho contínuo e sistemático pode repercutir bons resultados na aprendizagem de crianças com TEA.