Este trabalho compõe uma pesquisa em andamento de mestrado do PPGE/UFCG objetivando discutir o eixo brincar no currículo da educação infantil a partir de um estudo em duas creches de Lagoa Seca/PB, uma da zona urbana e outra da zona rural. Sabemos que o currículo não é neutro, mas elaborado a partir de interesses e, determinado por aspectos político-sociais. Desse modo, a década de 1990 constitui marco importante para a educação infantil no contexto brasileiro mediante os movimentos sociais emergentes na década de 1980, o que contribuiu para a inserção da educação infantil como primeira etapa da educação básica. Atualmente, defende-se para a educação infantil um currículo pautado nas experiências e saberes das crianças, bem como nos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico da sociedade, cujos eixos As interações e a Brincadeira estruturam o cotidiano das instituições de educação infantil, pois o brincar é a principal atividade da criança. (BRASIL, 2009). Esta pesquisa é de natureza qualitativa cujo procedimento é a observação participante em quatro grupos de educação infantil para conheceremos os modos de mobilização das professoras na relação com o brincar das crianças. Na entrevista semiestruturada, vislumbramos compreender as concepções das professoras sobre o brincar nos grupos que atuam. Até o momento, as observações indicam que o brincar está presente no currículo das creches investigadas de forma embrionária, para ensinar conteúdos ou ocupar o tempo livre das crianças, sendo estas, invisibilizadas enquanto sujeito histórico social, que possui infância geracional e produz cultura.