As pragas agrícolas são um dos grandes problemas econômicos no manejo das lavouras. Isso porque os prejuízos são consideráveis incorrendo até mesmo na perda da lavoura. Frequentemente o controle se dá por meio de inseticidas químicos porém a aplicação dos defensivos tem sido um problema porque proporciona efeitos negativos em organismos não alvos, além de causar prejuízos ao homem e ao ambiente. Devido a grande dificuldade de se conseguir culturas agrícolas com resistência efetiva à insetos por meio das técnicas convencionais várias instituições de pesquisa têm investido na aquisição de resistência via transgenia, por ser segura, efetiva e econômica. Esta estratégia tem possibilitado manipular genes específicos, o que é dificultado pelos métodos clássicos de melhoramento genético, além de minimizar os danos causados ao meio ambiente. Atualmente já se dispõe no mercado de grandes commodities vegetais uma série de lavouras geneticamente modificadas com resistência a insetos, em especial, a lagartas. Com os resultados que se dispõem no momento, alguns trabalhos têm evidenciado o potencial de algumas moléculas no controle de insetos, como as toxinas Bt, do Bacillus thuringiensis, que possuem propriedade inseticida provenientes dos genes da família cry. Genes codificantes para essas proteínas têm sido estavelmente integrados ao genoma de plantas transgênicas, conferindo-lhes resistência a pragas, como é o caso, por exemplo, das cultivares Bt com resistência a lepidópteros, já amplamente comercializadas em vários países com as culturas do soja, milho, algodão, entre outras. Vários estudos têm comprovado a economicidade e benefício ecológico dessas no agronegócio internacional. O isolamento dos genes de B. thuringiensis e posterior transferência para as demais commodities vegetais abre um largo leque de perspectiva de controle a coleópteros e lepidópteros, podendo a aquisição de resistência ser de forma individual ou de forma piramidada, aumentando o lastro de controle das plantas por mais gerações no campo.