A palma forrageira (Opuntia cochenillifera (L.) Mill.) é amplamente difundida no Nordeste brasileiro, isso devido às condições propícias de clima e solo da região, porém a ocorrência de problemas fitossanitários tem sido o maior desafio para manter a produtividade. O objetivo do trabalho foi avaliar a presença ou ausência do fungo Scytalidium lignicola responsável por causar a podridão-seca-escamosa nas raquetes no da palma forrageira. Primeiramente foi realizada inspeção fitossanitária na área de cultivo da palma, localizado na Fazenda Experimental do Instituto Federal do Rio Grande do Norte campus de Ipanguaçu (IFRN-IP), foram coletadas apenas raquetes que apresentavam sintomas típicos do fungo, posteriormente o material foi levado ao Laboratório de Proteção de Plantas do IFRN-IP, onde procedeu-se o isolamento direto, com auxílio de lupa e microscópio ótico para observação da estrutura do possível patógeno, em seguida foi realizado o isolamento dos fragmentos da raquete de palma que compreendiam áreas lesionadas e áreas sadias, para serem cultivados em placa de petri contendo meio de cultura batata dextrose ágar (BDA), antes de serem transferidos para placa de petri foi realizado a desinfestação superficial dos fragmentos, onde o mesmo foi mergulhado por 60 segundos em álccol etílico (70%), 60 segundos em uma solução de hipoclorito de sódio (2%) e por fim 60 segundos em água destilada esterilizada. Decorrido os dias de incubação, 7 dias em BOD a 25 °C, com fotoperíodo de 12 h, as placas exibiram crescimento fúngico, os mesmo foram observados em microscópio ótico e identificados morfologicamente. O teste de patogenicidade foi realizado em raquetes de palmas sadias desinfestadas superficialmente com água e sabão, sob condições assépticas, em câmara de fluxo laminar, em seguida cada raquete (no total de cinco, sendo uma testemunha- controle negativo) foi dividida em quatro quadrante e cada quadrante recebeu um ferimento com auxílio de um bisturi, cada ferimento recebeu micélio do fungo que estava no meio BDA, para a testemunha foi depositado apenas o meio BDA que não tinha o fungo, após a inoculação as raquetes foram mantidas em temperatura ambiente( 25ºC) durante 15 dias, durante os 15 dias as raquetes estavam sobre bandejas plásticas umedecidas com água destilada esterilizada (ADE) e cobertas com sacos plásticos transparentes também previamente umedecidos com ADE. Diariamente foi feito o acompanhamento visual das raquetes para verificação do aparecimento dos sintomas e sinais do fungo. Após o isolamento e avaliação do teste de patogenicidade, pela aplicação do postulado de Koch, foi possível identificar a presença fungo Scytalidium lignicola no cultivo orgânico de palma forrageira (Opuntia cochenillifera (L.) Mill.) no vale do Assú, sendo seu sintoma característico podridão-seca-escamosa observado no palmar de onde coletou-se todo o material estudado aqui, é provável que sua ocorrência esteja ligada ao excesso de irrigação, atrelado a danos físicos/mecânicos nos tratos culturais, tendo em vista que se trata de um fungo de solo.