A escassez hídrica é um dos fatores abióticos mais preocupantes para o futuro da agricultura no mundo. Ao sofrerem estresse pela seca, as espécies apresentam diferentes estratégias e mecanismos adaptativos que influenciam principalmente o desempenho fotossintético, que é determinante para o seu desenvolvimento. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência fotossintética de plantas de arroz submetidas ao estresse hídrico sob condições controladas. Para isso, plantas de arroz cv. São Francisco foram cultivadas em câmara climática, com umidade relativa do ar e temperatura controlados (70% UR e 28 ºC dia, 80% UR e 26 ºC noite), submetidas a dois níveis de umidade do substrato (controle e seca). Curvas dos parâmetros fotoquímicos e de trocas gasosas em resposta ao aumento da densidade de fluxo de fótons fotossintéticos (DFFF) e de assimilação líquida de CO2 à pressão parcial do CO2 intercelular foram realizadas após 20 dias de aplicação dos tratamentos. A partir destas curvas foram estimados os parâmetros associados a eficiência fotossintética. A assimilação líquida de carbono foi menor nas plantas submetidas ao estresse se comparadas aos controles, e um comportamento semelhante foi encontrado para os parâmetros fotoquímicos e de eficiência. Portanto, em condições de seca, o arroz perde em grande parte sua capacidade de assimilação de carbono, o que certamente comprometerá a sua produção.