O inhame (Dioscorea spp.) minimamente processado escurece em poucas horas após o corte, entretanto a aplicação de um revestimento comestível adequado pode ser uma alternativa para minimizar esse problema. A mucilagem de palma forrageira apresenta características importantes para compor formulações de revestimentos comestíveis naturais. Objetivou-se avaliar sensorialmente o uso de revestimento comestível a base de mucilagem de palma forrageira em inhame minimamente processado. Cladódios de palma forrageira, clone IPA-Sertânia (Nopalea cochenillifera L. Salm-Dyck) foram colhidos na área experimental da Universidade Federal Rural de Pernambuco/Unidade Acadêmica de Serra Talhada (UFRPE/UAST), transportados para o Laboratório do Programa de Pós-graduação em Produção Vegetal da UFRPE/UAST, lavados, sanitizados e submetidos à extração da mucilagem. Raízes de inhame foram adquiridas no município de Custódia-PE, e transportadas para UFRPE/UAST, minimamente processadas no formato rodela e imersas por 1 min em suspensões de revestimentos, contendo controle (água); mucilagem de palma + amido de mandioca (3%) + glicerol (1%); mucilagem de palma. A análise sensorial foi realizada com cinquenta avaliadores não treinados. As amostras foram identificadas com caracteres numéricos, de três dígitos de forma aleatória e servidas aos avaliadores, acompanhadas de uma ficha de avaliação. De acordo com a avaliação sensorial não houve diferença significativa nos atributos aparência, aroma, sabor e textura entre as rodelas com ou sem revestimento. Verificando assim, que a mucilagem de palma forrageira não interfere nas características organolépticas do inhame minimamente processado. Além disso, essa técnica pode vim a agregar valor a palma forrageira, com mais um uso de subprodutos desta planta.