Este trabalho é fruto das discussões realizadas na disciplina de Formação Humana e Inteligência Emocional do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemática, da Universidade Federal de Pernambuco/Centro Acadêmico do Agreste (PPGECM – UFPE/CAA). Objetivamos discutir algumas possíveis interrelações entre três conceitos da Psicologia – a Resiliência, a Tutoria de Resiliência e as Crenças de Autoeficácia – e suas contribuições para a prática educativa. Os conceitos de Resiliência e Tutoria de Resiliência são próximos, sendo o primeiro referente à capacidade do ser humano de recupera-se ou lidar com eventos difíceis, estressores, problemáticos; já o segundo conceito se refere à potencialidade de desenvolver a resiliência de outro indivíduo. Ambos conceitos foram construídos por diversos teóricos ao longo dos séculos, tendo um maior desenvolvimento de trabalhos nesta perspectiva, dentro da Psicologia, a partir da década e 50 do século XX. Por sua vez, o conceito de Crenças de Autoeficácia provém da Teoria Social Cognitiva proposta por Albert Bandura na década de 80 do século XX. As Crenças de Autoeficácia são as crenças que as pessoas possuem em suas capacidades de realizar determinada atividade com sucesso. Entendemos que estes três constructos teóricos da Psicologia possuem interrelações, especialmente sobre como o professor pode tentar desenvolvê-las em sala de aula com seus alunos. O docente pode desenvolver as Crenças de Autoeficácia de seus alunos promovendo as quatro fontes das crenças de autoeficácia que são as experiências de êxito, experiências vicárias, incentivos verbais e cuidando dos estados emocionais dos estudantes. De forma semelhante, o professor pode exercer o papel de Tutor de Resiliência na medida em que forneça auxílio, apoio, acolhimento e compreendendo os estados emocionais dos estudantes, podendo prepará-los para lidar com as contingências escolares e da vida. Ao realizarmos uma ponte entre as teorias e o que os pesquisadores de cada área propõem, acreditamos que um docente que compreenda as variáveis psicológicas de seus alunos, sejam elas motivacionais ou emocionais, pode utilizá-las na escola buscando contribuir positivamente com a qualidade de suas aulas e com uma consequente melhoria na aprendizagem de seus alunos.