O objetivo desse estudo foi avaliar a cobertura vacinal em idosos do Brasil. Revisão sistemática sobre a cobertura vacinal em idosos brasileiros. O levantamento de artigos foi realizado de junho e julho de 2016 nas bases de dados PubMed, SciELO e LILACS. Foram incluídos estudos observacionais que relataram a cobertura vacinal em idosos no Brasil, publicados em inglês, espanhol e português; conduzidos de 2006 a 2016. Dados referentes aos autores, ano de coleta, métodos, amostra, sítio de recrutamento e cobertura vacinal contra influenza, pneumonia, difteria e tétano e febre amarela foram extraídos. A busca inicial identificou 319 registros e foram analisados 30 estudos. A maioria dos estudos foi realizada na região sudeste, eram de corte transversal e utilizaram o auto-relato para avaliação da cobertura vacinal. A cobertura vacinal contra influenza nos últimos 12 meses variou de 43,7% no Rio de Janeiro a 82,8% em Picos (PI). A cobertura da Pn23 variou de ausência de auto-relato de vacinação em Fortaleza a 28,9% na cidade de São Paulo. A cobertura auto-relatada de vacinação contra a dupla tipo adulto (dT) foi de 6,9% em Fortaleza a 73,9% em Porto Alegre. Um estudo investigou a cobertura vacinal contra febre amarela e encontrou 39,6% de cobertura vacinal considerando toda a vida do investigado. Os estudos apontam grande variação nas taxas de cobertura vacinal em idosos brasileiros, sobretudo relacionada à vacina contra a influenza. São necessárias novas investigações sobre o tema, incluído inquéritos domiciliares diretos e que utilizem como fonte de dados o cartão de vacina.