Introdução Embora seja evidente o aumento acelerado do número de idosos no Brasil, ainda se conhece muito pouco sobre a pessoa idosa, e até o momento outros atores têm falado pelos idosos, dando foco ao envelhecimento e à velhice como um processo negativo. Quando se fala em envelhecimento, na maioria das vezes, este termo está associado com o fim de uma etapa; é sinônimo de sofrimento, solidão, doença e morte. Objetivos Este estudo buscou conhecer como os idosos representam a velhice, através de sua percepção do processo de envelhecimento. Metodologia Utilizou-se uma abordagem metodológica qualitativa, evidenciando-se as imagens e representações dos idosos a respeito do envelhecimento. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semi estruturadas seguida por um roteiro com perguntas abertas e fechadas, realizadas na estratégia de saúde da família do município de Penaforte-Ce, nos meses de agosto a outubro de 2012. Participaram do estudo vinte e nove idosos, de idade entre 61 a 84 anos. Os dados colhidos foram agrupados em categorias de análise e comparados com a literatura científica sobre o tema. Resultados Os resultados apontam para três tipos de representação social do envelhecimento: Associação da velhice com aspectos positivos, associação da velhice com processos patológicos e vendo o envelhecimento como processo natural. Conclusão Percebeu-se que não é possível nem correto generalizar as imagens e representações dos idosos a respeito do próprio envelhecimento para toda uma população, como a do Brasil. É preciso investigar cada população considerando-se a situação socioeconômica, a cultura a que pertence à religião que prática, as atividades disponíveis, as regionalidades e, principalmente, a individualidade de cada idoso a respeito do seu próprio envelhecimento. As informações permitiram apontar que, diferentemente da visão negativa e homogeneizadora do outro em torno da velhice, os idosos entrevistados vivenciam o processo do envelhecimento de formas diferentes.