Introdução: Muitos estudos consideram idosos mais velhos, ou mais idosos, ou muitos idosos, ou idosos em velhice avançada aqueles indivíduos com idade igual ou maior que 80 anos, mas não há consenso na literatura de qual seria a idade operacional para que alguém seja considerado como tal (1). Com o envelhecimento o idoso apresenta queixas relacionadas a piora da memória (2). A capacidade física e mental pode ser estimulada, mantida e, até mesmo, recuperada, principalmente se a perda tiver sido causada por fatores como falta de atividade, ou o predomínio, no cotidiano, de atividades que o estimule (3). O método de intervenção para a manutenção ou melhora do déficit causado pelo envelhecimento, pode ser denominado de oficinas de estimulação cognitiva, ou oficinas terapêuticas. Objetivo: analisar o desempenho nos testes de avaliação da capacidade funcional dos idosos de oitenta anos ou mais participantes das oficinas de estimulação cognitiva; descrever as atividades propostas nas oficinas de estimulação cognitiva estes idosos e acompanhar o desempenho nos testes de avaliação da capacidade funcional longitudinalmente nos idosos participantes. Método: é um estudo quantitativo do tipo antes e depois. Os instrumentos de coleta de dados foram os testes de rastreio: Mini-exame do estado mental, Teste do relógio, evocação de palavras e escala de depressão geriátrica. A coleta ocorreu de 2014 a 2016. Resultado: A pesquisa teve 30 meses de duração. Dividas por semestres, fazendo teste de rastreio no início de cada período. A média da diferença entre o escore final e inicial não chega a 1 ponto, para nenhum dos testes. A média da diferença do teste do relógio é negativa. A mediana da diferença entre os escores iniciais e finais é igual a 0 para os testes MEEM, EDG, LAWTON, Relógio; e igual a 1,0 ponto para o teste EVP. Discussão: A capacidade funcional bem como as dimensões socioeconômicas e demográficas, estado nutricional, capacidade física e cognitiva, devem ser investigadas para que o conjunto destes dados forneça subsídios para os cuidados na reabilitação e recuperação destes. A complexidade em compreender este processo e como buscar alternativas para realização de cuidados com este idoso representa um desafio aos profissionais de saúde (4). Conclusão: verificou-se melhora descritiva dos testes de rastreio MEEM, EDG, LAWTON, teste do relógio e EVP. A continuidade do estudo faz-se necessária para a continuidade do entendimento das oficinas como estratégia de estimulação cognitiva.
Referências:
1. ROSSET, Idiane; PEDRAZZI, Elizandra Cristina; CRUZ, Matheus Roriz; MORAIS, Eliane Pinheiro de; RODRIGUES, Rosalina Aparecida Partezani. Tendências dos estudos com idosos mais velhos na comunidade: uma revisão sistemática (inter)nacional*. Revista da Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP), v. 45, nº1, p. 246-271, 2010.
2. SANTOS FH, ANDRADE V.M, BUENO O.F.A. Envelhecimento: um processo multifatorial. Psicol Estud.; v.14. n.1, p. 3-10, 2009.
3. ALMEIDA; BEGER; WATANABE, Helena Akemi Wada. Oficina de memória para idosos: estratégia para promoção da saúde. Interface - Comunicação, Saúde, Educação, v.11. nº 2, 2007. p. 271-273.