Introdução: O trabalho multidisciplinar é importante para recuperação do paciente crítico e está sendo implantado cada vez mais nas unidades de terapia intensiva no Brasil e no mundo. A fisioterapia tem papel importante para evolução do desmame ventilatório em pacientes críticos, atuando em manobras de higiene brônquica, reexpansão pulmonar, treinamento muscular respiratório e mobilização precoce.O desmame da ventilação mecânica poderá ser progressivo, difícil e lento. Requer o uso da musculatura acessória e diafragmática do paciente, que após ser submetido ao suporte ventilatório.O treino muscular respiratório é um dos tratamentos realizados para a evolução do desmame ventilatório do paciente crítico. Esse treino pode ser realizado de forma diária e seguro na rotina do atendimento da sessão de fisioterapia, submetendo o paciente a respiração espontânea e com uso de dispositivos que podem gerar uma carga pressórica, levando a resistência durante a inspiração e estimular o grupo muscular inspiratório e a endurance. A Sociedade Europeia Geriátrica desenvolveu recomendações diárias do uso de proteínas para a população idosa. Associadas à atividade física e à mobilização precoce podem poupar energia e o reduzir o gasto energético.Novos estudos comprovam que o uso adequado de proteína influência na recuperação da funcionalidade deste idoso, pois a proteína ajuda a compensar a inflamação e as condições catabólicas associadas a doenças crônicas.Objetivo: O objetivo deste estudo foi empregar o uso da proteína pré e pós das sessões de fisioterapia em um paciente idoso com síndrome da fragilidade e desmame prolongado da ventilação mecânica pós-cirurgia de revascularização do miocárdio, o mesmo está internado em unidade de terapia intensiva. Método : Foram realizados 7 dias de treino muscular inspiratório com o equipamento Threshold IMT@, associado com exercícios passivos, assistidos, ativos e resistidos com auxílio do circloergômetro. No primeiro dia apresentou PImáx de - 20 cmh2O e no sétimo dia apresentou PImáx - 28Cmh2O. A carga empregada foi de 7 Cmh2O com aumento diário de 10%. Após o uso da proteína pré e pós treino iniciada no dia 5 de julho, houve um aumento progressivo da nebulização, sendo que no dia 16 de julho nebulizou por 12 horas e no dia 23 de julho manteve fora da o uso ventilação mecânica. Comparado ao mês anterior que o uso da proteína era realizado fora do horário do treino, o paciente apenas conseguiu ficar fora da ventilação mecânica por 12 horas no dia 12 de junho, retornando para ventilação mecânica por fadiga e queda da saturação. O paciente estava usando dieta enteral desde 22/05, inicialmente dieta para diabetes 1000ml/1574g e 91g proteína, o modulo de proteína utilizado no hospital é o Nutriprotein HWP, sendo 100% proteína do soro do leite hidrolisado, com osmolaridade 126 mOsm/kg água e com 6,5g proteína por medida por dia (75g da dieta e 16g do módulo de proteína) com relação nitrogênio/caloria (N/C) de 78:1. No dia 05/07 foi iniciado uma readequação da dieta de modo que essa foi iniciada quatro horas antes do treinamento de fisioterapia pela manhã, sendo o modulo de proteína passado antes (5g) e após (5g) o treino em dois períodos (manhã e tarde). Geralmente a dieta era iniciada uma hora antes do treinamento da manhã e o módulo de proteína era passada no horário da tarde de treinamento de fisioterapia de uma só vez. Conclusão: A conclusão do estudo é que o uso da proteína pré e pós sessão de fisioterapia e treino muscular com a readequação de dieta calórica para ganho de energia e a dosagem adequada de proteína isolada do leite para paciente crítico, segundo as recomendações da Sociedade Europeia Geriátrica, foi importante na evolução do desmame ventilatório deste paciente.