A pele do adulto, com o passar dos anos, sofre diversas alterações tanto na estrutura como na suas funções, no entanto, o envelhecimento não é conceituado como doença, mas com o passar dos anos a pele do idoso torna-se mais frágil, seca, rígida e rugosa, perdendo a elasticidade e a capacidade de atuar como barreira contra fatores extrínsecos. Com o envelhecimento aumenta também o risco de desenvolvimento de doenças crônicas, especialmente as cardiovasculares, respiratórias e metabólicas que podem contribuir para o aparecimento ou agravamento de doenças do sistema circulatório, como úlceras venosas, arteriais, úlceras diabéticas, úlceras por pressão, dentre outras. Essas lesões são frequentes em idosos, pois sua resposta imunológica estará reduzida durante o envelhecimento deixando-os mais susceptíveis ao desenvolvimento dos mais diversos tipos de feridas. O objetivo deste trabalho é classificar as lesões de pele mais prevalentes em idosos atendidos no serviço especializado de feridas. Trata-se de um estudo observacional, descritivo de natureza quantitativa realizado no serviço especializado de feridas de um Hospital Público de Maceió/AL. A coleta de dados foi realizada através da análise das fichas de atendimento no período de janeiro de 2016 a setembro de 2017. Mediante análise dos dados identificou-se que 56% dos idosos são do sexo feminino, 58% tinham entre 60 a 69 anos, a principal comorbidade apresentada foi a Hipertensão arterial sistêmica (65%). A lesão de pele mais prevalente foi a úlcera vasculogênica (36%). Devido a fragilidade e alterações fisiológicas que os idosos apresentam durante o envelhecimento, os mesmos acabam se tornando mais suscetíveis ao surgimento dos mais diversos tipos de lesões, sendo a prevenção, o acompanhamento especializado e o autocuidado fatores essenciais tanto para a completa cicatrização das feridas como para prevenção de recidivas.