INTRODUÇÃO: O paciente idoso, ao buscar assistência à saúde, espera algo além da atenção à doença. Ele busca acolhimento e vínculo com a equipe de saúde. Os problemas na comunicação no idoso podem resultar em perda de independência e sentimento de desconexão com o mundo. A incapacidade comunicativa pode ser considerada importante causa de perda ou restrição da participação social (funcionalidade), comprometendo a capacidade de execução das decisões tomadas, afetando diretamente a independência do indivíduo. Acredita-se que os profissionais de saúde ao utilizarem recursos que contribuam para a comunicação, terão condições de reconhecer precoce e amplamente as necessidades individuais do idoso e incluí-lo ao planejar, executar e avaliar a assistência a ser prestada, garantindo-lhe sua autonomia. OBJETIVO: Descrever os mecanismos encontrados pelas residentes multiprofissionais para atender o paciente idoso que possui insuficiência na comunicação, afim compreender suas necessidades biopsicossociais. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, descritivo, acerca dos mecanismos encontrados pelas residentes multiprofissionais (enfermeira, psicóloga e fisioterapeuta) na sua atuação diante da insuficiência comunicativa dos idosos. As residentes fazem parte do Programa de Residência Multiprofissional em Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, essa experiência ocorreu durante um rodízio na unidade de Agudos em um Centro Geriátrico e Gerontológico de um hospital filantrópico de Salvador-Bahia. RESULTADO E DISCUSSÃO: O contato com pacientes que possuem insuficiência comunicativa durante esse período na residência multiprofissional possibilitou a busca por essa temática que até então não fazia parte do cotidiano, permitiu a troca de saberes entre todas as residentes e a preceptoria. E com isso percebeu-se que toda a equipe de saúde precisa exercer a verdadeira comunicação com os pacientes e de forma efetiva, devendo estar atenta ao usar as formas verbais e não verbais de comunicação, para atender as necessidades de saúde dos idosos. Vale ressaltar que, na comunicação não verbal, as expressões faciais podem denotar diversos sentimentos como: alegria, tristeza, raiva, indiferença, desprezo, vergonha, interesse, medo e que essas expressões todas podem auxiliar a perceber como está a interação do profissional de saúde e sua relação com o idoso. O gesto de apoio é uma forma de comunicação não verbal que promove a comunicação assertiva, pois, assim como a expressão facial, o gesto de apoio reforça o uso da linguagem adequada, além de poder reforçar o vínculo. CONCLUSÃO: Percebe que na prática clínica, a comunicação pode influenciar na satisfação, na adesão ao tratamento e nos resultados de saúde, sugerindo a necessidade de preparo técnico e humano dos profissionais envolvidos, visto que a comunicação não verbal tem a função de demonstrar sentimentos, complementar, substituir ou contradizer o verbal. Dessa forma, essa experiência incentivou a busca e análise das formas de comunicação que existem, permitindo às residentes visualizar as ações da integralidade que nem sempre estão presentes nos serviços.