A população do Brasil apresenta mudança na sua composição etária um aumento considerável do número de idosos. O estudo objetivou avaliar a relação entre a fragilidade física e o estado cognitivo em idosos domiciliados. Trata-se de um estudo quantitativo, observacional, transversal, com amostra de 171 idosos de sessenta anos ou mais, de ambos os sexos e domiciliados. Para obtenção dos dados utilizou-se roteiro estruturado, o Miniexame do Estado Mental e a Escala de Fragilidade de Edmonton. Para análise dos dados foram utilizados os testes estatísticos Qui-Quadrado de Pearson (X²) e o teste de correlação de Kruskal-wallis. O nível de significância foi de 5%. O perfil sociodemográfico foi caracterizado por predomínio de idosos do sexo feminino (69%), na faixa etária de 65-69 anos (24,6%), casados (52,5%), morando com cônjuge e filhos (31,6%), analfabetos (33,3%), renda mensal familiar 1 a 3 salários mínimos (50,9%). Ao avaliar fragilidade prevaleceram os indivíduos não frágeis (49,1%). Quanto ao estado cognitivo, 22,2% dos idosos domiciliados apresentaram déficit, em contrapartida, 77,8% não apresentaram comprometimento cognitivo. Não houve relação estatisticamente significante entre a síndrome de fragilidade e o estado cognitivo, porém ambos os fatores estão diretamente relacionado a uma vida autônoma e independente. Assim, a avaliação multidimensional do idoso, incluindo a avaliação cognitiva, pode possibilitar o reconhecimento das reais e potenciais necessidades que resultem na síndrome da fragilidade, auxiliando na elaboração de intervenções que possam evitar ou retardar os danos decorrentes do envelhecimento e ainda reabilitar a saúde dos idosos que já possuam incapacidades.