INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população mundial tem aumentado nas últimas décadas. No Brasil, o aumento da expectativa de vida vem acompanhado por uma maior prevalência de doenças neurodegenerativas, psiquiátricas, cardiovasculares e metabólicas. Um dos fatores que tem contribuído o aumento da longevidade é o uso frequente de medicamentos por idosos, sujeitando-os a várias reações adversas. Esta característica faz com que seja necessária uma avaliação para a utilização racional destes medicamentos. OBJETIVO: Este trabalho tem como finalidade fazer uma revisão bibliográfica, evidenciando o uso de medicamentos psicoativos como fator de risco para quedas em pessoas idosas. METODOLOGIA: As bases de dados utilizados para este trabalho foram artigos publicados entre de 2008 a 2013, nos bancos de dados: Scielo, PUBMED, Medline, Lilacs. RESULTADOS: Estudos mostram que entre os fatores de risco para quedas, estão: doenças; fatores psicológicos; alterações de postura e equilíbrio; e uso de medicamentos. As quedas são consideradas como um problema de saúde pública por apresentarem altos custos sociais, econômicos e psicológicos. A fratura é uma das consequências da queda, que tem uma alta probabilidade de ocorrer em idosos, devido à maior fragilidade óssea, decorrente da osteoporose, e maior tendência a quedas que estes indivíduos costumam apresentar. A queda seguida de fratura tem implicações diretas para qualidade de vida dos idosos, que sofrem com a diminuição da autonomia e independência, necessitando do auxílio de outras pessoas. É relatado que o risco de quedas na população idosa aumenta de acordo com a quantidade de medicamentos para uso contínuo. Os principais medicamentos que apresentam um potencial para o risco de quedas são: hipertensivos (ex.: captopril); psicoativos (ex.: benzodiazepínicos); e diuréticos (ex.: hidroclorotiazida). Dentre os principais efeitos adversos produzidos pelos fármacos, pode-se destacar: sonolência; alteração do equilíbrio e do tônus muscular; hipotensão, que pode gerar tonturas; e diminuição dos reflexos. Estes são efeitos que podem contribuir para o aumento de quedas em idosos, associado com outros fatores de riscos, presentes inclusive no ambiente doméstico, como: piso escorregadio e/ou irregular; falta de corrimão em escadas. CONCLUSÃO: Esta revisão reforça a importância da assistência farmacêutica para orientação acerca dos riscos que os medicamentos podem apresentar para população idosa. Adicionalmente, mostra a necessidade de alertar os idosos paras medidas preventivas para evitar a queda, no sentido de minimizar os problemas decorrentes destas.