As alterações morfofuncionais inerentes ao processo de envelhecimento humano, quando associadas a doenças crônicas, podem levar à diminuição da independência física do idoso. Este estudo objetiva avaliar a capacidade funcional dos idosos usando-se ferramentas simples e úteis para analisar e classificar o grau de dependência, que pode auxiliar na definição de estratégias de promoção da saúde e autonomia dos idosos hipertensos, a fim de prevenir ou retardar o aparecimento de incapacidades. Trata-se de um estudo analítico, transversal, com enfoque quantitativo realizado no período de agosto de 2016 a julho de 2017, no município de Picos-PI, em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF) da zona urbana. A população do estudo foi composta por 165 idosos hipertensos, realizando a coleta de dados no período de novembro a dezembro de 2016 e logo depois foram tabulados e analisados por meio do programa estatístico Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 20.0. Em seguida, foram apresentados em gráfico e tabelas. O estudo foi realizado em consonância com a Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde (CNS), que dispõe acerca das pesquisas envolvendo seres humanos. Observou-se que 78,6% dos idosos conseguiam desenvolver suas atividades de vida diária de forma autônoma e independente, assim como na literatura em que os longevos apresentaram capacidade funcional (CF) boa ou muito boa, o que significa um alto índice de independência nessa população, sobretudo porque se refere a indivíduos com idade avançada, a maioria realiza as atividades básicas de vida diária sem assistência sendo a maioria de idosos do sexo feminino tanto independente para AVD como dependente para realizar pelo menos uma atividade de vida diária. Diante deste estudo foi possível demonstrar que a maioria dos idosos hipertensos investigados foi considerada independente para a realização de atividades básicas de vida diária. Porém, uma parte significativa ainda apresenta comprometimento do estado funcional, podendo acarretar em prejuízos físicos, psicológicos e sociais. É imprescindível que com o aumento da expectativa de vida as equipes de Estratégia de Saúde da Família busquem a prevenção dessas doenças e a promoção da saúde, além da implementação de intervenções terapêuticas que possam minimizar os fatores que interferem na capacidade funcional, promovendo maior autonomia e qualidade de vida a este seguimento populacional.