No Brasil, em 2016, foram 32.632 denúncias de violência contra as pessoas idosas, sendo 54% supostamente cometidas pelo filho contra a mãe, 13% cometida por outras pessoas não informadas, provavelmente estranhas à relação familiar. Isso demonstra que a sociedade precisa discutir sobre o assunto e desenvolver mecanismos de intervenção, bem como o Estado adotar políticas públicas que evitem e coíbam essa situação, além de se repensar a família que passa silenciosamente por profundas transformações em sua formação mais também relação, que deixou de ser com base no amor ou no afeto e cedeu lugar para os mais variados tipos de violência. Este texto é resultado de uma pesquisa realizada sobre a temática, todavia com recorte pontual na relação entre agressor e vítima. A metodologia utilizada foi a abordagem qualitativa com método indutivo e técnica da história oral, do levantamento de referencial teórico e análise de dados. Atualmente a pesquisa revelou uma significativa incidência de violência ocorrida no âmbito doméstico em decorrência da relação intergeracional, além de revelar indicadores como álcool, droga e desemprego como influenciadores dessa prática. Outras pesquisas espaciais, temporais e culturais podem revelar outros resultados.