INTRODUÇÃO: A automedicação constitui atualmente uma epidemia. No caso específico dos idosos, a média de medicamentos utilizados é habitualmente elevada, devido à grande prevalência de doenças crônicas nessa fase da vida. OBJETIVO: Analisar a produção científica relativa à automedicação em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura por meio das bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO), utilizando os seguintes descritores: automedicação and idosos. Definiu-se como critérios de inclusão: texto completo disponível online, estar escrito em português ou inglês e ser publicado entre os anos de 2008 e 2012. Com base na busca pelos descritores encontrou-se 45 documentos, dos quais 36 foram encontrados na base LILACS e 9 na SCIELO. Foram excluídos 30 documentos por não atenderem aos critérios de inclusão propostos, assim, foram selecionados 15 artigos. RESULTADOS: Constatou-se que o ano de 2008 foi o que mais produziu sobre o tema, com 40%. Os estudos se concentram na região sudeste com 66,6%, seguido pela região sul com 33,4%. As demais regiões do país não foram encontrados estudos científicos publicados. Todos os estudos consideraram alta a prevalência de automedicação de idosos. Observou-se com esse estudo, que os idosos se automedicam por meio de receitas médicas antigas, por indicação de familiares ou por indicação de amigo ou vizinho. Alguns estudos demonstraram que os medicamentos mais utilizados pelos idosos incluem analgésicos, como a dipirona e o paracetamol. Não foi encontrado nenhum estudo referente às consequências da automedicação referido por idosos. CONCLUSÃO: Diante da importância que se reveste o tema e da necessidade de sua melhor compreensão, estudos científicos como este podem ser utilizados como ferramenta, para subsidiar a promoção do uso racional de medicamentos neste grupo populacional, no intuito de viabilizar o bem-estar e qualidade de vida.