INTRODUÇÃO O aumento da população idosa é uma realidade nas estatísticas sócio demográficas, no Brasil e no mundo. Concomitante a esse aumento cresce também o número de doenças sexualmente transmissíveis, principalmente, casos de Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) entre esta população. Assim, tal problemática torna-se um desafio para o país exigindo estabelecimento de políticas públicas efetivas e estratégias que garantam medidas preventivas em DST’s e AIDS que alcancem os idosos. OBJETIVO: Analisar a produção cientifica sobre doenças sexualmente transmissíveis em idosos. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura realizada por meio de busca eletrônica nas bases de dados Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (MEDLINE) por meio dos seguintes descritores: Doenças Sexualmente Transmissíveis and idoso and sexualidade, em ambas as bases. Definiu-se como critérios de inclusão: texto completo disponível online, estar escrito em português ou inglês e ser publicado entre os anos de 2006 e 2012. Com base na busca pelos descritores encontrou-se 23 documentos, dos quais 14 foram encontrados na base LILACS e 9 na MEDLINE. Destes 11 documentos foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão propostos, restando assim uma seleção de 12 artigos. RESULTADOS: Constatou-se que os anos de 2011e 2008 foram os que mais produziram sobre o tema, com prevalência de 50% e 25% respectivamente. No que concerne ao periódico, predominaram artigos publicados na Revista Gaúcha de Enfermagem representando 41,6% de todas as publicações. Verificou-se que dentre os estudos publicados,a região Sudeste do Brasil concentrou 56,1% dos locais de pesquisa,seguida da região Sul com 43,9%, enquanto que nas regiões Norte, Nordeste e Centro-oeste não foram encontrados estudos científicos publicados. Observou-se nos trabalhos científicos que compõem esse estudo, que a temática da AIDS apresentou-se como forte tendência nas pesquisas predominando em todas as publicações. Em contrapartida, convém ressaltar que apenas dois estudos investigaram gonorréia e hetatite B, e nenhum estudo referiu acerca das infecções por sifílis, herpes, HPV e outras doenças de transmissão sexual. CONCLUSÃO: Infere-se, portanto, que aspectos das doenças de sexualmente transmissíveis na terceira idade ainda são poucos discutidos na literatura científica, assim, destaca-se a necessidade de novos estudos sobre o tema, visto que pesquisas científicas servem para nortear a ações em saúde, bem como a sociedade em geral. Portanto, é essencial aprofundamento nessa temática com vistas à prevenção e redução de agravos à saúde sexual na comunidade idosa.