Para contextualizar o Centro Xingó de Convivência com o Semiárido, e a sua importância no desenvolvimento de ações voltadas para a educação ambiental. É pertinente, mencionar a prática de Convivência com o Semiárido, como uma importante discussão na geração do conhecimento, método e procedimento aplicáveis à produção local, adequados ao semiárido nordestino, além de difundir práticas de educação ambiental articulado ao conceito de Convivência com o Semiárido. Neste contexto, foi discutido o conceito de Educação Ambiental na Conferência de Tibilisi – 1977, como uma dimensão dada ao conteúdo e a prática da educação, orientada para a resolução dos problemas concretos do ambiente, através de enfoques interdisciplinares e de uma participação ativa e responsável de cada indivíduo e da coletividade, prática esta, detentora de mudanças significativas. Há uma série de dificuldades para realizar as práticas de educação ambiental nos espaços das escolas, inclusive na escola pública. Contudo, é importante justificar que a experiência desenvolvida no Centro Xingó, viabiliza a realização da prática de educação ambiental, fragilizando um discurso que fortalece a não realização das práticas por meio dos argumentos: a falta de verba para a produção de material, a falta de comunicação entre os órgãos responsáveis, a falta de espaços para levar os educandos e mostrar de forma efetiva, a teoria e a prática, além da falta de um planejamento que contempla as duas ações de forma integrada. Portanto, o presente trabalho tem como objetivo apresentar a experiência do Centro Xingó de Convivência com o Semiárido: educação ambiental, a criança e o olhar sobre o Semiárido, a partir de visitas guiadas, realizadas no Centro, no município de Piranhas/AL, com foco na Educação Ambiental. A referida pesquisa utilizou como principal procedimento metodológico, a pesquisa qualitativa, seguida da observação participante, pesquisa bibliográfica e reflexões qualitativas. A partir de discussões e planejamentos realizados junto ao Comitê Gestor do Centro Xingó, representado pelas seguintes instituições: AECID; IABS; IICA; MI; MMA e SEAGRI. Assim, foi elaborado o seguinte Roteiro para as próximas visitas: Recepção dos alunos, professores e coordenadores; Apresentação de uma breve introdução do que é o Centro Xingó e o objetivo da visita; Início da visita guiada aos espaços do Centro; Retorno ao auditório; Sessão de Cinema; Produção de desenho. A visita escolar guiada atendeu ao que foi proposto, de forma a despertar as crianças para a importância dos principais elementos que compõem o meio ambiente, principalmente, os cuidados com a água para a região Semiárida, ambiente em que vivem. Umas das alunas da vista, do 2° ano fez a seguinte observação: “Não pode jogar água na terra, porque no sertão só chove de vez em quando”. Professores e coordenadores relataram que essa visita irá auxiliar nas próximas atividades e discussões de temas ligados ao meio ambiente com os alunos que participaram dessa ação e fizeram proposta de novas visitas.