CUNHA, Karla Gomes et al.. Barbatimão: uma revisão de literatura. Anais II CONIDIS... Campina Grande: Realize Editora, 2017. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/index.php/artigo/visualizar/33238>. Acesso em: 23/11/2024 00:26
A Caatinga encontra-se na região semiárida, e é considerada um ecossistema exclusivamente brasileiro, onde abrange o Norte de Minas Gerais e toda a região do Nordeste, totalizando 10% do território nacional. Neste bioma, as plantas medicinais são empregadas com grande intensidade, principalmente por comunidades locais que contemplam grande saber popular, e que utilizam essas práticas em seus cuidados básicos. Nos países em desenvolvimento, em média 80% de boa parte da população dependem da medicina tradicional para atenção primária. Em junho de 2006, com o decreto de n° 5.813, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos foi desenvolvida para o Sistema Único de Saúde (SUS), com o objetivo de ampliar o acesso as plantas medicinais, e sua segurança quando utilizadas. Em fevereiro de 2009 uma lista da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) foi divulgada pelo Ministério da Saúde, com 71 espécies expostas, e entre elas encontra-se o Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville, popularmente chamado de “barbatimão”. Com base nisso, foram utilizados como pré-requisito os artigos, trabalhos de conclusão de curso, dissertações, livros, ANAIS publicados nos últimos 10 anos, e que abordassem o tema da pesquisa, e como critério de exclusão, pesquisas que não apresentassem o assunto proposto ou que ultrapassassem o tempo especificado do estudo. Essa revisão foi realizada entre os meses de julho a setembro de 2017, através das bases de dados LILACS, MEDLINE, Periódico CAPES e SciELO. Dessa forma, o presente trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca dos diferentes usos do barbatimão e suas respectivas ações terapêuticas, através de um estudo exploratório. O uso do barbatimão como fitoterápico é comprovado pela literatura científica, complementado pelos saberes tradicionais, fazendo desta, uma espécie de grande utilidade para a saúde humana, o que enfatiza a necessidade da perpetuação dos estudos de cunho farmacobotânico e taxonômico que comprovem e complementem os conhecimentos acerca não só da espécie em questão, mas das demais espécies citadas na lista do RENISUS, visando a preservação destas assim como a melhoria na qualidade dos tratamentos de saúde no país.