A compreensão acerca do conceito de território vem sendo delineada pelas transformações ocorridas na sociedade, sejam elas de ordem econômica, social, cultural, intelectual e política. Como também, o território emana de uma criação imagética inventada através das subjetivações transmitidas pela educação, contatos sociais, hábitos, enfim; da cultura nos faz idealizar o real por meio de totalizações abstratas. Sob o mesmo ponto de vista que a região Nordeste foi arquitetada, por meio de uma construção simbólica, instituída paulatinamente através do discurso e práticas, das imagens e textos que muitas vezes nem tinham relação entre si, ou seja, elas surgiam do combate entre o que foi dito e visto, em que nem sempre o que está região foi construída através das representações sociais, ou seja, pelos conhecimentos oriundos do senso comum transmitidos pelos meios de comunicação. Logo, o objetivo foi analisar a construção do território nordeste na perspectiva da teoria das representações sociais, debatendo o impacto destas na construção da identidade desse lugar, fazendo relação ao perigo de uma história única. Trata-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, em que utilizamos a análise de conteúdo como método, no qual elencamos as categorias: mídia (jornal), literatura e cinema, Foi percebido que as representações sociais que construíram a região nordeste foram delineadas por uma única visão, que foi a de um nordeste da seca, da pobreza, da miséria, em que a figura do nordestino submisso aos latifundiários e aos coronéis. E o perigo de uma história única está em fomentar o quanto somos diferentes, quando se poderia enaltecer o quanto somos semelhantes.