O estudo tem como objetivo verificar os estabelecimentos de saúde credenciados para o uso de plantas medicinais e fitoterapia como prática integrativa e complementar no Sistema Único de Saúde brasileiro. Trata-se de um estudo descritivo, estruturado por meio de uma revisão narrativa de literatura. A pesquisa constituiu-se em uma busca no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), no mês de mês de agosto de 2017. A busca online foi realizada no campo de consulta de serviço especializado código 134 - práticas integrativas e complementares, e classificação de serviço código 002 - fitoterapia. Sendo elencados neste estudo os serviços ofertados pelo SUS tanto hospitalares como ambulatoriais em todos os estados e municípios brasileiros. Os dados obtidos no presente estudo demonstraram que dos 5.565 municípios brasileiros temos 429 estabelecimentos ambulatoriais e oito hospitais, ambos SUS, cadastrados no CNES, tendo a fitoterapia como uma prática integrativa e complementar de cuidado à saúde. É importante mencionar, que as plantas medicinais, embora estejam citadas na política como prática de cuidado, isoladamente, não aparecem como prática terapêutica de serviço no cadastro do CNES. Foi possível evidenciar o baixo número de municípios brasileiros com o serviço cadastrado. Constatou-se a existência do cadastro das plantas medicinais dentro da fitoterapia, não existindo um cadastro específico para as plantas medicinais, o que inviabiliza saber quantos estabelecimentos realmente trabalham com esta prática de cuidado a saúde das pessoas. Os resultados deste estudo podem subsidiar os gestores no planejamento, monitoramento e avaliação dos cadastros e do funcionamento destes serviços, com vistas ao fortalecimento das práticas integrativas e complementares no SUS. Cabe também aos profissionais de saúde, conhecer as PIC’s e integrá-las no cotidiano dos serviços de saúde SUS.Como fragilidade da pesquisa, temos que foram elencados neste estudo, serviços ofertados pelo SUS em todos os estados e municípios brasileiros, excluindo os demais serviços não SUS.Portanto, há a necessidade do desenvolvimento de mais pesquisas para o conhecimento da oferta desta terapêutica a fim de instrumentalizar gestores e profissionais de saúde.