INTRODOÇÃO: Na Índia, essa prática não tem um nome específico, pois se trata de uma atividade que faz parte da rotina de cuidados com o bebê. Independente do local que andasse Leboyer se deparava com a imagem das mães com bebês sobre as pernas massageando-os, executando os mesmos movimentos. Shantala, segundo Leboyer (1995), é o nome de uma mulher paraplégica que foi acolhida em um albergue junto com seus filhos por freiras e para retribuir o ato de amor ela massageava os bebês daquele local. Foi então que o médico se deparou com a cena realizada pela mãe que massageava seu filho, com lentidão, carinho e amor que o deixou encantado e resolveu homenagear essa técnica com o nome Shantala. De acordo com a colunista Michelle Cavalcanti (2013), a Shantala tende a aumentar o vínculo entre mãe-pai-bebê praticando outras formas de comunicação como o toque, olho no olho e muito amor. Após um dia longo e exaustivo proporciona uma interação entre família com o poder de amenizar tensões, aumentar a autoestima, o equilíbrio físico e emocional, aliviando cólicas e insônias. METODOLOGIA: Em unidade de saúde da família foi ensinada a técnica de massagem indiana para bebês conhecida como Shantala, e posta em prática pelas genitoras, tendo como objetivo a promoção da qualidade de vida e bem estar do paciente. RESULTADOS: A massagem diária oferece aos bebês que sofrem de cólicas a possibilidade de relaxar o corpo, diminuindo a tensão e estabilizando o desconforto. A Shantala é excelente para os sistemas linfático e circulatório da criança, pois fortalece o sistema imunológico, promovendo um aumento no número de plaquetas, hemoglobinas, células vermelhas e brancas. Isso ocorre através da ativação da circulação sanguínea local, dilatando os vasos periféricos promovendo uma melhor contribuição sanguínea e o retorno venoso do sangue das veias para o coração (CAMPADELLO, 2000). O trabalho pode ser desenvolvido a cada novo grupo de mães que dá entrada na unidade, sendo um encontro ao mês, devido à rotatividade e demanda do setor. A técnica composta de 21 movimentos de massagem com a criança nua sobre as pernas da mãe busca alívio de cólicas e desconfortos, relaxamento e acima de tudo fortalecimento dos vínculos. Cerca de oito crianças e suas genitoras demonstram sentir o impacto positivo após a Shantala no berçário que, utilizada como recurso terapêutico, diminuiu o desconforto causado pela dor, nível de estresse, e sensação de bem- estar foram relatados pelas genitoras no momento que finalizavam a execução dos movimentos. A construção dos vínculos afetivos entre mãe e filho é promovida à medida que o contato entre ambos vai sendo estimulado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Além de todos os benefícios observados em âmbito clínico, o fortalecimento do vínculo mamãe-bebê pode ser considerado um dos principais fatores que trazem esta prática como uma intervenção humanizada. O toque oferece a ambos a sensação única de comunicação e afeto através de uma intervenção totalmente acessível aos pacientes direcionando um aumento na qualidade de vida e bem estar.