Considerando a importância de pensar e discutir os diferentes fenômenos relacionados à velhice e a importância do social para a qualidade de vida do idoso, foi objetivo do presente estudo comparar as representações sociais cultivadas por diferentes grupos sociais acerca do idoso. Uma vez que os comportamentos dos sujeitos são orientados pelas representações sociais, enquanto sistemas de interpretação que regulam a nossa relação com os outros e relaciona-se ao processo de assimilação de conhecimentos, construção de identidades pessoais e sociais e as ações de resistência e de mudança social, contribuindo para a compreensão de problemáticas enfrentadas pelo idoso na contemporaneidade. A presente investigação constitui uma revisão sistemática da literatura, tendo como dados estudos primários publicados sob a forma de artigos em periódicos científicos brasileiros disponíveis online. Os artigos foram levantados a partir das bases SciElo, BVS, Redalyc, Portal de Periódicos Capes, além do Google Acadêmico. Os descritores utilizados foram representação social, idoso, velho, velhice, envelhecimento e desenvolvimento humano. Foram inclusos na pesquisa os artigos que atendiam aos seguintes critérios: estudo primário desenvolvido com algum grupo social no qual a imagem construída do idoso seja objeto de investigação, teoria da representação social como fundamentação teórica subjacente a análise dos dados independente da vertente e estudo cuja amostra tenha sido de brasileiros. Obedeceram aos critérios de inclusão 26 artigos, produzidos no período de 1996 a 2012. Foram realizadas pesquisadas com grupos amostrais incluindo crianças, adolescentes, adultos, idosos e ainda profissionais que trabalham diretamente ligados ao cuidado com idoso. Nestas pesquisas foram caracterizadas as representações sociais de idosos asilados, familiares destes, idosos participantes de grupos de convivência, cuidadores de idosos, além de crianças, adolescentes e adultos para compreender as dinâmicas das relações e representações. Como resultados foi possível constatar que a velhice, de maneira geral é percebida como negativa e está fortemente associada à doença, declínio e morte, no que concerne aos cuidados com os idosos tanto pela família como no contexto asilar, as representações apresentadas são que a família cuida melhor, pois impede que o idoso fique deprimido, o idoso sente-se melhor quando cuidado pela família, sendo a institucionalização na maioria dos casos percebida como maléfica, indica ainda a existência de diferenças nas representações entre os grupos sociais crianças, adolescentes, adultos e idosos no que diz respeito à fase da velhice, com relação a variável sexo, pôde-se observar uma diferenciação quanto as representações apresentadas por idosos do sexo masculino e feminino no que se refere às perdas nesta fase, é possível ainda destacar a prevalência na produção científica no que diz respeito a temática, com profissionais da área de saúde mas especificamente em enfermagem, onde os cuidados e cuidadores são focados no intuito de conhecer e aliar as práticas ao conhecimento de tais representações. É necessário ressaltar que as representações sociais não podem ser entendidas de maneira generalizada, desta forma, foi possível perceber que existem casos que estão relacionados a fatores subjetivos, história de vida, família e acolhimento recebido ao chegar à instituição.