CONSTRUINDO IDENTIDADES DE GÊNERO RAÇA E SEXUALIDADE NO TERREIRO
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Acreditar nas forças dos ancestrais sempre foi uma virtude, acreditar no cosmo que, em minha vida, eu denomino de axé, a energia vital, a força que sustenta cada ser na terra, sempre foi garantia sólida de existência sequestrada pelo racismo e pela heteronormatividade.\r\n Minha ida ao Terreiro São Jorge da Gomeia me proporcionou um leque de conhecimentos e de aprendizagens que me constituíram. Esse Terreiro foi minha primeira escola de inclusão social e de educação, através das oficinas socioeducativas ali frequentadas, construí, inicialmente, meu empoderando racial, a legitimação da minha sexualidade e, por fim, minha auto valorização pessoal. Foi nesse período que compreendi quem sou a partir de semelhanças e diferenças com o outro, isso me deu autonomia para perceber que ser diferente era normal, daí pude confirmar minha identidade étnico-racial e a construção e confirmação da minha identidade sexual a partir da relação “eu e o outro”. 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E ressaltar que todas estas contribuições que se apresentam como caminhos norteadores de aquisição cultural para a afirmação de um grande legado cultural afro-brasileiro valorizando as identidades étnico racial e gênero , pois falar destas atividades sócio educativas não seria falar de meros cursos voltados para o desenvolvimento da área artística, mas, sim, linguagens sócio educativas, que legitimam toda construção indenitária sociocultural, uma vez que toda esta produção afirma uma ética da coexistência negro-africana na busca também da valorização da múltiplas identidades investindo em uma educação pluricultural no Brasil ,por isso saliento a grande importância das oficinas do terreiro para minha construção enquanto mulher negra trans, pois a partir do momento em que fui me percebendo na sociedade, como negra e do candomblé, fui me encontrando e compreendi a diferença entre orientação sexual e identidade de gênero, vi o quanto foi importante fazer as oficinas do Terreiro para que de maneira gradativa reconhecesse minhas identidades, mesmo que o aprendizado final ocorresse fora do terreiro """ "modalidade" => "Relato de Experiência (RE)" "area_tematica" => "ET23: GÊNEROS, SEXUALIDADES E RAÇA: ARTICULAÇÕES E INTERSECÇÕES EM ESPAÇOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM" "palavra_chave" => "TRANSSEXUALIDADE FEMININA, TRANSFEMINISMO NEGRO, LINGUAGENS DE ENSINO SÓCIO EDUCATIVAS" "idioma" => "Português" "arquivo" => "TRABALHO_EV072_MD3_SA23_ID263_12072017155513.pdf" "created_at" => "2020-05-28 15:53:16" "updated_at" => "2020-06-10 12:26:05" "ativo" => 1 "autor_nome" => "THIFFANY LIMA DA SILVA" "autor_nome_curto" => "THIFFANY" "autor_email" => "thiffany.odara@gmail.com" "autor_ies" => "UNEB- UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA" "autor_imagem" => "" "edicao_url" => "anais-v-enlacando" "edicao_nome" => "Anais V ENLAÇANDO" "edicao_evento" => "V Seminário Internacional Enlaçando Sexualidades" "edicao_ano" => 2017 "edicao_pasta" => "anais/enlacando/2017" "edicao_logo" => "5e49f8c45c546_16022020232156.png" "edicao_capa" => "5f18544d78b48_22072020115925.jpg" "data_publicacao" => null "edicao_publicada_em" => "2017-11-26 23:00:00" "publicacao_id" => 43 "publicacao_nome" => "Revista ENLAÇANDO" "publicacao_codigo" => "2238-9008" "tipo_codigo_id" => 1 "tipo_codigo_nome" => "ISSN" "tipo_publicacao_id" => 1 "tipo_publicacao_nome" => "ANAIS de Evento" ] #original: array:35 [ "id" => 30483 "edicao_id" => 69 "trabalho_id" => 330 "inscrito_id" => 263 "titulo" => "CONSTRUINDO IDENTIDADES DE GÊNERO RAÇA E SEXUALIDADE NO TERREIRO" "resumo" => """ Neste relato apresento minha experiência com as linguagens de ensino dos Terreiros de Candomblé, espaço de socialização de conhecimentos e de práticas pedagógicas forjadas no diálogo com a sabedoria ancestral e a realidade da comunidade, local de construção de identidades racial, sexual, de gênero e religiosa. \r\n Linguagens de ensino aqui entendidas como do conjunto de oficinas ofertado pelo terreiro São Jorge da Gomeia, são ações voltadas à afirmação de todo legado histórico e cultural afro brasileiro através de várias oficinas e cursos oferecido pelo Terreiro , valorizando a diversidade e a alteridade existentes em nossa sociedade.\r\n Exploro a partir de minha própria trajetória como mulher negra transexual candomblecista como minhas identidades foram processualmente construídas no processo de socialização com a vivência nos terreiros de candomblé, em especial, o terreiro São Jorge da Gomeia. 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