INTRODUÇÃO - Anualmente cerca de 60 milhões de pessoas sofrem algum tipo de traumatismo. No Brasil, a mortalidade por trauma ocupa a terceira posição entre as causas de morte, superada apenas pelas doenças neoplásicas e cardiovasculares. O trauma em idosos vem se tornando um problema cada vez maior em virtude do aumento da longevidade em todo mundo. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é o componente pré-hospitalar móvel da Política Nacional de Atenção às Urgências. Realiza atendimento de urgência e emergência nas residências, locais de trabalho e vias públicas, atendendo as demandas após chamada gratuita para o telefone 192. OBJETIVO - Analisar os casos de trauma em idosos atendidos pelo SAMU, nos períodos de janeiro, junho e dezembro do ano de 2012. METODOLOGIA - Trata-se de um estudo amostral, transversal, descritivo, exploratório que foi desenvolvido no SAMU de Campina Grande - Paraíba. Este serviço público/municipal realiza assistência em situações de urgência clínica, traumática, psiquiátrica e obstétrica, em via pública, serviços de saúde ou domicílio, além do transporte de pacientes que necessitam de transferências interserviços de saúde. As variáveis estudadas foram: idade, sexo, dia e hora das ocorrências e tipos de ocorrências. Os traumatizados com idade superior a 60 anos foram considerados idosos. Obteve-se autorização institucional para uso do banco de dados do SAMU e aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Alcides Carneiro/Universidade Federal de Campina Grande. CAAE: 01930612.2.0000.5182. RESULTADOS E DISCUSSÃO – Após a tabulação dos dados obteve-se uma amostra composta por 240 prontuários de pacientes acima de 60 anos atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) 192 Campina Grande durante os meses de janeiro, junho e dezembro, classificadas pelo médico regulador como eventos traumáticos 2503 sendo 240 (3%) dessas ocorrências com idosos. Quanto ao sexo, 127 (53,0%) correspondem ao sexo masculino e 113 (47,0%) ao sexo feminino. A média de idade dos pacientes foi de 73,9 variando de 60 a 106. Dentre os tipos de ocorrências, destacaram-se as quedas 147 (61%), que representam um problema de saúde pública na população idosa, seguidas dos atropelamentos 28 (12%), acidentes de trânsito 24 (10%), cortes e fraturas 24 (10%), agressões físicas 6 (3%), ferimentos por arma branca (FAB) e ferimentos por arma de fogo (FAF) 3(1%) e outros 9 (4%). CONCLUSÃO – O percentual de quedas ocupou o topo das causas de trauma em idosos. Esses resultados podem contribuir para uma melhoria nos serviços prestados a tal população, promovendo assim a integralidade da assistência em parceria com as políticas públicas e com a família, para que as quedas e outros não proporcionem sérios problemas de saúde, principalmente devido a fragilidade óssea.