Artigo Anais do X Congresso Internacional de Educação Fisica e Motricidade Humana e XVI Simpósio Paulista de Educação Física

ANAIS de Evento

ISSN: 2527-2268

PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS DE USUÁRIOS DO SUS SEGUNDO INTENSIDADE, DURAÇÃO E TEMPO DE ENGAJAMENTO NA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS

Palavra-chaves: PARÂMETROS INFLAMATÓRIOS, SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE, ATIVIDADE FÍSICA Comunicação Oral (CO) AT01 - FISIOLOGIA E BIOQUÍMICA DO EXERCÍCIO; BIODINÂMICA DO RENDIMENTO E TREINAMENTO ESPORTIVO; SAÚDE E REABILITAÇÃO
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      A prática de exercícios físicos pode ser benéfica para parâmetros metabólicos e inflamatórios ao produzir respostas anti-inflamatórias, de longo prazo, com consequente melhora de diversas condições de saúde. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar se existem diferenças nos parâmetros inflamatórios de acordo com intensidade, duração e tempo de engajamento na prática de exercícios físicos entre usuários do sistema único de saúde (SUS). Esse estudo teve delineamento transversal e avaliou 80 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária igual ou superior a 50 anos de idade, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Presidente Prudente/SP. A prática de exercícios físicos foi determinada pela segunda seção do questionário de Baecke e categorizada como segue: intensidade (sem exercício [SE], leve [InL] e moderada/vigorosa [InM]), duração (SE, 180min]) e tempo de engajamento (SE, 6m]). Parâmetros inflamatórios foram obtidos através de amostras de sangue e definidos como: leptina (pg/mL), adiponectina (pg/mL), interleucina-6 (pg/mL), interleucina-10 (pg/mL) e inibidor do ativador do plasminogênio-1 (ng/mL). A estatística descritiva foi apresentada por meio de valores de mediana e diferenças entre quartis (DQ). Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney estabeleceram comparações entre grupos. As análises foram realizadas no software BioStat e o nível de significância adotado foi de 5%. Em relação à intensidade, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. InM [1033,1 (723,1) vs. 524,6 (715,9); p= 0,003]. Quanto à duração, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 180min [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,028] e 180min [573,2 (731,3) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,032]. Quanto ao tempo de engajamento, foi encontrada diferença significativa nos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 6m [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (990,7); p= 0,013]. Não foram encontradas diferenças significativas para interleucina-6, interleucina-10 e inibidor do ativador do plasminogênio-1 para diferentes grupos de intensidade, duração e tempo de engajamento em exercício. Concluiu-se que os componentes da prática de exercícios físicos (intensidade, duração e tempo de engajamento) afetam diferentemente níveis de adipocina pró-inflamatória (leptina) em usuários do SUS. Apoio FAPESP (processo 2015/12102-8).\r\n
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      A prática de exercícios físicos pode ser benéfica para parâmetros metabólicos e inflamatórios ao produzir respostas anti-inflamatórias, de longo prazo, com consequente melhora de diversas condições de saúde. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar se existem diferenças nos parâmetros inflamatórios de acordo com intensidade, duração e tempo de engajamento na prática de exercícios físicos entre usuários do sistema único de saúde (SUS). Esse estudo teve delineamento transversal e avaliou 80 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária igual ou superior a 50 anos de idade, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Presidente Prudente/SP. A prática de exercícios físicos foi determinada pela segunda seção do questionário de Baecke e categorizada como segue: intensidade (sem exercício [SE], leve [InL] e moderada/vigorosa [InM]), duração (SE, 180min]) e tempo de engajamento (SE, 6m]). Parâmetros inflamatórios foram obtidos através de amostras de sangue e definidos como: leptina (pg/mL), adiponectina (pg/mL), interleucina-6 (pg/mL), interleucina-10 (pg/mL) e inibidor do ativador do plasminogênio-1 (ng/mL). A estatística descritiva foi apresentada por meio de valores de mediana e diferenças entre quartis (DQ). Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney estabeleceram comparações entre grupos. As análises foram realizadas no software BioStat e o nível de significância adotado foi de 5%. Em relação à intensidade, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. InM [1033,1 (723,1) vs. 524,6 (715,9); p= 0,003]. Quanto à duração, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 180min [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,028] e 180min [573,2 (731,3) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,032]. Quanto ao tempo de engajamento, foi encontrada diferença significativa nos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 6m [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (990,7); p= 0,013]. Não foram encontradas diferenças significativas para interleucina-6, interleucina-10 e inibidor do ativador do plasminogênio-1 para diferentes grupos de intensidade, duração e tempo de engajamento em exercício. Concluiu-se que os componentes da prática de exercícios físicos (intensidade, duração e tempo de engajamento) afetam diferentemente níveis de adipocina pró-inflamatória (leptina) em usuários do SUS. Apoio FAPESP (processo 2015/12102-8).\r\n
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Publicado em 15 de junho de 2017

Resumo

A prática de exercícios físicos pode ser benéfica para parâmetros metabólicos e inflamatórios ao produzir respostas anti-inflamatórias, de longo prazo, com consequente melhora de diversas condições de saúde. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi verificar se existem diferenças nos parâmetros inflamatórios de acordo com intensidade, duração e tempo de engajamento na prática de exercícios físicos entre usuários do sistema único de saúde (SUS). Esse estudo teve delineamento transversal e avaliou 80 pacientes de ambos os sexos, com faixa etária igual ou superior a 50 anos de idade, atendidos em duas Unidades Básicas de Saúde da cidade de Presidente Prudente/SP. A prática de exercícios físicos foi determinada pela segunda seção do questionário de Baecke e categorizada como segue: intensidade (sem exercício [SE], leve [InL] e moderada/vigorosa [InM]), duração (SE, 180min]) e tempo de engajamento (SE, 6m]). Parâmetros inflamatórios foram obtidos através de amostras de sangue e definidos como: leptina (pg/mL), adiponectina (pg/mL), interleucina-6 (pg/mL), interleucina-10 (pg/mL) e inibidor do ativador do plasminogênio-1 (ng/mL). A estatística descritiva foi apresentada por meio de valores de mediana e diferenças entre quartis (DQ). Os testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney estabeleceram comparações entre grupos. As análises foram realizadas no software BioStat e o nível de significância adotado foi de 5%. Em relação à intensidade, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. InM [1033,1 (723,1) vs. 524,6 (715,9); p= 0,003]. Quanto à duração, foi encontrada diferença significativa dos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 180min [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,028] e 180min [573,2 (731,3) vs. 567,5 (1037,4); p= 0,032]. Quanto ao tempo de engajamento, foi encontrada diferença significativa nos níveis de leptina entre o grupo SE vs. 6m [1041,4 (773,0) vs. 567,5 (990,7); p= 0,013]. Não foram encontradas diferenças significativas para interleucina-6, interleucina-10 e inibidor do ativador do plasminogênio-1 para diferentes grupos de intensidade, duração e tempo de engajamento em exercício. Concluiu-se que os componentes da prática de exercícios físicos (intensidade, duração e tempo de engajamento) afetam diferentemente níveis de adipocina pró-inflamatória (leptina) em usuários do SUS. Apoio FAPESP (processo 2015/12102-8). E-mail: rodrigues.anarocha@gmail.com

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