O homem passa grande parte de sua vida no trabalho, disponibilizando, muitas vezes, mais tempo ao labor do que às atividades familiares e recreativas. As organizações devem fornecer um ambiente confortável, respeitoso, seguro e que traga bem-estar ao trabalhador, favorecendo a melhoria da qualidade de vida do mesmo e, consequentemente, melhorando sua produtividade (Cavassani; Cavassani; Biazin, 2006). O objetivo do estudo foi verificar quais os principais motivos para a não adesão a programas de promoção da saúde dos trabalhadores. A amostra foi composta por 56 estabelecimentos, com média de 30,18 funcionários (±133,75), dos setores do comércio, empresa e indústria da cidade de Passos/MG. Os trabalhadores dos estabelecimentos participantes possuem idade média de 32,35 anos (± 8,38) e trabalham em média 43,65 horas por semana (± 6,42). A cidade de Passos/MG possui população aproximada de 113.807 habitantes, com 29.654 pessoas empregadas e 2 salários médios mensais no período de 2014 (IBGE, 2016). Foi aplicado o questionário “Diagnóstico da Saúde Ocupacional”, com questões sobre número de funcionários, faixa etária, jornada de trabalho, cargos atuantes e implantação de programas de qualidade de vida do trabalhador. O questionário foi direcionado aos administradores dos estabelecimentos. A análise estatística utilizada foi descritiva e tabulada no Microsoft Excel 2013 ®. Das 56 empresas participantes, 42 não possuem programas de promoção da saúde do trabalhador e apresentaram os seguintes motivos: financeiro (21 - 50%), falta de informação (2 - 4,76%), baixa adesão dos funcionários (10 – 23,81%), falta de tempo (5 – 11,90%), não existe necessidade (3 – 7,14%) e falta de autonomia por se tratar de uma franquia (1 – 2,38%). Mesmo sendo a dificuldade financeira apontada como maior causa da não adesão aos programas, a falta de conhecimento por parte dos empregadores e empregados, quando somados os resultados (falta de informação, baixa adesão dos funcionários e não existe necessidade), também se tornam causas consideráveis. Atividades de orientação junto aos empregados e empregadores, sindicatos e associações são necessárias, visando o esclarecimento sobre os benefícios e vantagens, além da imensidão de possibilidades de programas. Desta forma, estudos futuros poderão aprofundar tais resultados, principalmente quanto aos benefícios positivos dos programas de promoção de saúde para os trabalhadores, fornecendo embasamento científico.