Expatriação é um fenômeno que cresce a cada ano, influenciada pelas dinâmicas econômicas ou pela busca de melhorias na carreira. Assim, o objetivo do presente estudo foi utilizar o modelo de Rasch para compreensão do processo de expatriação de Voleibolistas. Para isso, utilizou-se de 68 pessoas (48 atletas e 20 ex-atletas), sendo 43 homens e 25 mulheres, com idade média de 27 anos, divididos em 2 grupos de investigação: G1 (Atletas Internacionais – 30) e G2 (Atletas Nacionais – 38). Todos participantes responderam a um questionário com questões estruturadas, as quais tinham respostas fechadas, em escala do tipo Likert (5 pontos). O instrumento foi desenvolvido com o auxílio de 3 peritos com mais de 10 anos de expertise no assunto. Haviam questões similares aos 2 grupos e questões exclusivas do grupo amostral. O instrumento foi composto de 108 questões, sendo 49 comuns, 31 do G1 e 28 do G2. Os itens do questionário foram analisados pelo uso da teoria de resposta ao item, utilizando-se do modelo de Rasch para as análises. As análises buscaram a unidimensionalidade do instrumento e o ajuste dos itens e das pessoas ao modelo de Rasch. Em relação aos resultados, os itens que não apresentassem valores de infit e outfit entre 0,50 e 1,50, com correlação menor que 0,30 foram descartados, pois não apresentavam ajustes ao modelo de Rasch. Após todas análises de resíduos, por meio de contrastes, medidas de infit e outfit e excluir todos os itens inadequados para analisar o valor de Theta, analisou-se os vieses de medida por meio do DIF (funcionamento diferencial do item), excluindo os itens com valores de t acima de 2,40. Após todas as análises, o total de itens considerados para investigação foi de 65, sendo 30 comuns, 14 para o G1 e 21 para o G2. Em síntese, os resultados apresentaram alguns itens desajustados ao modelo de Rasch, mas que a maioria dos itens se apresentaram ajustados ao modelo de Rasch. Além disso, alguns itens demonstraram a necessidade de mais pessoas para capturar o nível de dificuldade. Pode-se concluir que os itens selecionados, após todas análises de unidimensionalidade, por meio do modelo de Rasch, demonstraram média de 0,51 (medida de Rasch) (DP = 0,72) e uma faixa de variação de Theta de -1,49 a 2,03, sugerindo que os itens capturaram a capacidade de adaptação média dos atletas. Esses resultados sugerem que o instrumento apresentou qualidade para investigar o processo de expatriação de voleibolistas.