O estilo de vida contemporâneo, que restringe o tempo gasto com alimentação e inatividade física são fatores relevantes a serem considerados, devido às alterações cardiovasculares. Para prevenir ou até mesmo para amenizar tais efeitos, a recomendação frequente tem sido a prática de exercícios físicos como medida de interação terapêutica na medicina preventiva e reabilitação. Desta forma, o objetivo do presente trabalho foi avaliar os efeitos do exercício físico em ratos submetidos a dietas restritivas e hipercalóricas, através de parâmetros metabólicos além do estresse oxidativo no tecido cardíaco. Foram utilizados 32 ratos Winstar, machos, com 45 dias de idade. Os animais foram inicialmente divididos em dois grupos: C (n=16) considerado controle, receberam ração e água ad libitum; RS (n=16) receberam ração em tempo restrito e solução de sacarose 30% ad libitum. Os animais de RS receberam a mesma quantidade de ração ingerida por C, oferecida num tempo restrito de 2 horas diárias, durante o período de 30 dias. Após este período, os grupos (C e RS) foram subdivididos (n=8) em TR que receberam o mesmo tratamento que C e os animais deste grupo foram considerados exercitados e RS-TR receberam o mesmo tratamento que RS e foram considerados exercitados. Os grupos C e RS foram mantidos na fase de treinamento. A natação foi utilizada como ergômetro, com intensidade de treinamento moderada, durante 8 semanas. O delineamento estatístico foi inteiramente ao acaso com 32 tratamentos e 8 repetições, com nível de significância de 5% de probabilidade. Se revelou elevada atividade enzimática da β-hidroxacil-CoA-desidrogenase em RS. Estes animais também promoveram o estresse oxidativo no tecido cardíaco. Animais de RS-TR melhorou as alterações metabólicas e atenuou o estresse oxidativo. Desta forma, pode-se concluir que o protocolo de natação foi eficiente em controlar os efeitos deletérios impostos pela dieta inadequada do miocárdio.