No Brasil, a primeira grande epidemia conhecida de febre amarela urbana aconteceu em Recife/PE e data de 1685 e, no ano posterior, o estado da Bahia foi atingido com 25.000 casos, em que 900 evoluíram para óbito. Os últimos relatos de surto de febre amarela urbana datam de 1942 no Acre. A partir daí a febre amarela silvestre passou a predominar com epidemias cíclicas de 5 a 7 anos, padrão que se manteve até 1997. Mas, desde Dezembro de 2016 o Brasil vem enfrentando um surto de febre amarela que, até 08 de Março de 2017, já chega a 378 casos sendo 127 óbitos confirmados segundo o Ministério da Saúde. Diante da atual epidemia, o Ministério da Saúde assume o papel de coordenador de ações que visem reduzir os impactos deste surto, bloqueando a disseminação do vírus através de planos emergentes de imunização e, também, de ações preventivas socioeducativas e de vigilância epidemiológica, que são fundamentais para monitoramento e controle da doença. Desta forma, este trabalho objetivou reunir informações históricas de surtos de febre amarela no país entre 1685, que foi o ano do primeiro caso conhecido de febre amarela urbana, até o presente momento e, discutir a importância do Ministério da Saúde e do Sistema Único de Saúde frente esta epidemia atual no que diz respeito a: notificação compulsória, papel da atenção primária na assistência ao doente, promoção da saúde para prevenção, e vigilância epidemiológica. Atualmente, um novo esforço pela Organização Mundial da Saúde busca implementar uma estratégia conhecida por Eliminação de Epidemia de Febre Amarela (EYE, em inglês) e deve ser efetivamente adotada nos próximos anos. No entanto, surtos epidêmicos enzoóticos com possível transmissão humana ainda são previstos de acontecer.