INTRODUÇÃO: Grande parte da população de idosos pode apresentar alta prevalência de doenças crônicas, tais como hipertensão arterial, diabetes, dores articulares e varizes, no entanto, entre as mulheres idosas, o câncer de mama (CM) tem sido uma das doenças genéticas mais temidas, devido à sua alta frequência e, principalmente, pelos efeitos psicológicos e sociais desencadeados, que afetam tanto a percepção da sexualidade, quanto o convívio com a sociedade. Sendo assim, estas mulheres vivenciam experiências novas, que vão desde dores físicas a sofrimentos psicológicos durante os diferentes estágios da neoplasia, refletindo diretamente nos processos de aceitação e tratamento da doença. O câncer mamário envolve basicamente a passagem por três etapas que se sobrepõem: o recebimento do diagnóstico; a realização de um tratamento longo e agressivo; e a aceitação de um corpo marcado por uma nova imagem física, quando há necessidade de mastectomização. OBJETIVO: Discorrer sobre o perfil psicossocial de mulheres idosas com câncer de mama. METODOLOGIA: Revisão sistemática de caráter histórico, constituindo-se numa pesquisa bibliográfica, onde foi realizada uma coleta de dados nas bases de dados LILACS, SCIELO e MEDLINE no período de 2007 a abril de 2013, rastreando produções científicas existentes sobre o tema, onde utilizou-se os seguintes descritores: “Câncer de mama, mulheres idosas, mastectomização”. RESULTADOS: Verificou-se que o câncer de mama tem incidência alta entre os indivíduos mais velhos, cuja faixa etária é superior a 35 anos, e que pode estar associado a fatores como herança genética, envelhecimento e menopausa após os 50 anos de idade. Com a contemplação de fatos históricos relacionados aos fatores psicossociais das mulheres idosas afetadas, verificou-se a incidência de depressão, ansiedade, desânimo e raiva, além de retração da vida social e sexual das portadoras da neoplasia maligna. No entanto, ações sociais e educativas mais intensas são imprescindíveis para promover o auto-cuidado, preservação da autonomia, do bem estar e do estado psicossocial das mulheres acometidas pelo câncer. CONCLUSÃO: Diante do exposto, pôde-se observar que o trabalho em oncologia mamária é substancialmente delicado, uma vez que, deve-se haver um atendimento voltado à humanização, considerando as diferentes maneiras que cada paciente encara as mudanças a partir do diagnóstico, já que o câncer de mama e a mastectomia são experiências traumáticas para a mulher, abalando não apenas seu estado físico e psicológico, como também sua identidade, sexualidade e, consequentemente, a maneira como esta se posiciona no mundo. .