Resumo: A população prisional encontra-se exposta a precárias condições de confinamento que muitas vezes impossibilitam o acesso à saúde integral e efetiva, representando importante maior probabilidade de vulnerabilidade. Este trabalho objetivou analisar as práticas sexuais e a vulnerabilidade em mulheres privadas de liberdade. Trata-se de um estudo de caráter transversal, quantitativo. A coleta de dados foi realizada no período de junho de 2016 a março de 2017 na Penitenciária de Reeducação Feminina localizada na cidade de João Pessoa / Paraíba. A população do estudo foi composta por 67 mulheres que encontravam-se em regime fechado no referido Sistema Penitenciário. Os dados foram processados do Programa SPSS versão 19.0 para Windows através de frequência absoluta e relativa, média, desvio padrão da média, mínimo e máximo. As mulheres participantes do estudo possuíam idade média de 30,65±8,8 anos, 6%(4) analfabetas, 71,6%(48) tinham ensino fundamental completo 20,9%(14) ensino médio completo, 1,5%(1) ensino superior completo. No aspecto do diagnóstico de Infecções Sexualmente Transmissíveis prévias, 23,9%(16) tinham tido anterioriormente, 71,4%(49) não tiveram e 3%(2) não informaram. Quanto às práticas sexuais de risco mais prevalentes, 80,6% (54) não utilizam o preservativo feminino, 67,2% (45) praticam sexo vaginal sem preservativo, 62,7% (42) mantem prática constante de sexo e 47,8% (32) não utilizam preservativo em todas as relações sexuais. É importante a realização de estudos que retratem as situações de vulnerabilidade ao HIV em presidiárias brasileiras, pois são escassos estudos sobre a atual situação do HIV em unidades carcerárias no Brasil.