A fluorose óssea ou esquelética caracteriza-se por ocorrer quando os
indivíduos ingerem diariamente água com concentrações acima de 3,0-3,5
mg/L. O estado da Paraíba destaca-se na epidemiologia da fluorose porque
apresenta três áreas de fluorose endêmica devido aos elevados níveis de
fluoretos nas águas de consumo (poços artesianos) para população rural.
Dessa forma, o diagnóstico precoce da fluorose óssea é a primeira
estratégia para a implantação de medidas de controle e redução da ingestão
de fluoretos, seja por busca de outras fontes de água ou pela implantação
de sistemas de desfluoretação. Este estudo tem como objetivo avaliar a
utilização das radiografias panorâmicas como recurso auxiliar para
diagnóstico de fluorose óssea para idosos do município de São João do Rio
do Peixe- PB. Trata-se de um estudo transversal, de natureza exploratória
e descritiva com abordagem quantitativa. A amostra foi composta por 45
idosos. Os indivíduos foram submetidos a radiografias panorâmicas
(digital) em aparelhos de raios X do mesmo modelo e em condições
similares. As radiografias selecionadas foram pareadas para critérios de
idade e sexo. Como resultado constatou-se a presença de osteopenia, ossificação dos
tecidos moles, deformidades ósseas, cortical fina maxila, densidade da maxila e
cortical fina da mandíbula foram as alterações ósseas que melhor
discriminaram pacientes idosos com fluorose óssea. Observou divergência
entre a avaliação de ortodontistas e radiologista no uso das radiografias
panorâmicas de pacientes com e sem fluorose óssea.