O clareamento dental é a alternativa mais conservadora e menos invasiva para o tratamento de alterações cor, apresentando uma grande demanda dentre os procedimentos estéticos. No entanto, as substâncias empregadas no clareamento de consultório podem ser citotóxicas as células pulpares, causando efeitos adversos, sendo o mais comum, a sensibilidade dentária. A terapia com o laser de baixa intensidade tem sido empregada em várias áreas biomédicas e da odontologia, sendo promissor em aplicações específicas, como no alívio da dor. O objetivo deste trabalho é discutir a efetividade da aplicação do laser de baixa intensidade para tratar a sensibilidade dentária após o clareamento de consultório. Foi realizado um levantamento bibliográfico nas bases de dados Pubmed/Medline, Lilacs, Scielo e Scopus. Foram utilizadas as seguintes palavras-chaves: sensibilidade dentária (tooth sensitivity), laser e clareamento (bleaching). Verificou-se que os agentes clareadores, por terem baixo peso molecular, podem se difundirem nos tecidos dentários e até atingir a polpa dental. Quando em contato com o tecido pulpar, estas substâncias e os seus subprodutos agem promovendo um desequilíbrio fisiológico intracelular, gerando efeitos nocivos estruturais e/ou inflamatórios para as células da polpa. Por sua vez, o laser de baixa intensidade pode oferecer efeitos analgésicos, antiinflamatórios e bioestimulantes, contribuindo para a reparação biológica das células da polpa e minimiza a sensibilidade dentinária. Portanto, o laser atua efetivamente na redução dos efeitos citotóxicos das substâncias clareadoras sobre os tecidos dentais, estimulando o reparo da polpa minimizando a hipersensibilidade dental, podendo ser considerado uma alternativa terapêutica adicional aos procedimentos clínicos do clareamento dental.