Em muitas instituições de ensino a avaliação é vista apenas como um mecanismo utilizado para aprovação ou reprovação do aluno, onde aqueles que acertam são ‘bonificados’ e os que erram são alvos de ‘punição’. Apesar de diversos estudos revelarem que o erro é útil no processo de aprendizagem, este ainda é entendido como um mero fracasso, justificando-se tratar de incompetência por parte dos alunos. Diante disso, decidimos desenvolver uma atividade de caráter pedagógico onde o erro fosse utilizado como potencializador da aprendizagem. Tal atividade abordou a temática área e perímetro e foi vivenciada com alunos do 2º ano do Ensino Médio de uma escola pública de Caruaru/PE, como fruto de uma intervenção dos autores no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do subprojeto Matemática da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Foi-se solicitado aos alunos que construíssem ou adaptassem alguns jogos matemáticos educativos, no intuito de aprenderem o conteúdo área e perímetro através da pesquisa e os erros que, por ventura, surgissem. Objetivamos neste trabalho expor o resultado da aplicação dos jogos, bem como a relevância do erro dentro deste processo como oportunidade para melhorar a aprendizado dos alunos. Como principal resultado obteve-se que os estudantes construíram o conhecimento de modo mais significativo se utilizando dos erros cometidos a seu favor. Concluímos que os erros dos alunos foram inevitáveis, porém nos utilizamos deles para criar um cenário de aprendizagem através da superação das dificuldades.