INTRODUÇÃO: O envelhecimento da população é um fenômeno mundial. E esse processo de envelhecimento não está, necessariamente, relacionado a doenças e incapacidades, porém, as doenças crônicas são frequentemente encontradas entre os idosos. A tendência atual é termos um número crescente de indivíduos idosos que, apesar de viverem mais, apresentam maiores condições crônicas. O aumento no número de doenças crônicas está diretamente relacionado com maior incapacidade funcional o que gera implicações importantes para a família, a comunidade, para o sistema de saúde e para a vida do próprio idoso, uma vez que a incapacidade ocasiona maior vulnerabilidade e dependência na velhice, contribuindo para a diminuição do bem-estar e da qualidade de vida dos idosos.OBJETIVOS: A presente revisão tem por objetivo buscar a avaliação do comprometimento da qualidade de vida em idosos acometidos por diversas doenças crônicas.METODOLOGIA: Os artigos utilizados para esta revisão sistemática da literatura foram pesquisados na Biblioteca Virtual em Saúde no dia 19/05/2013, nas bases de dados LILACS, MEDLINE, SciELO e Cochrane. Para a pesquisa foram utilizados os termos “Doenças crônicas”, “Qualidade de vida” e “Idosos” como [descritor de assunto]. Foram encontradas 35 referências publicadas entre 2003 e 2012. Eliminamos duplicidades e selecionamos os que apresentavam no título referencias a qualidade de vida em idosos acometidos por doenças crônicas totalizando nove artigos científicos de maior importância.RESULTADOS: Dos artigos avaliados são analisados o impacto na qualidade de vida de diversas doenças crônicas em idosos. As doenças mais prevalentes são hipertensão, doença de coluna/costas, artrite/reumatismo, depressão e bronquite/asma. As doenças cardiovasculares, em destaque para a hipertensão, são as que mais acometem a população idosa. A presente revisão revela maior comprometimento de qualidade de vida dos idosos do sexo feminino em todas as doenças crônicas encontradas. Esses resultados corroboram com o observado em outro artigo, em que a presença de doença crônica, associada ao sexo feminino, foi o mais forte determinante de uma autopercepção ruim de saúde entre os idosos. Em segundo lugar, a contribuição dessas doenças crônicas e da capacidade funcional pode ser responsável por diferentes níveis de comprometimento de qualidade de vida.CONCLUSÃO: O bem-estar na velhice está relacionado com o equilíbrio entre várias dimensões da qualidade de vida. O aumento do número de morbidades e o aumento da idade influenciam de modo significativo vários domínios da qualidade de vida dos indivíduos idosos, em especial a capacidade funcional. Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, entretanto, ter a doença não significa necessariamente exclusão social. Tais doenças não devem ser encaradas como uma decorrência natural da idade, mas como processos patológicos muitas vezes passíveis de controle através de medidas relativamente simples, mas nem todas as pessoas conseguem aderir: a prevenção (consultas e exames médicos preventivos), a adoção de hábitos de vida saudáveis (alimentação balanceada, prática de atividade física, preservação de horário reservado para dormir, evitar stress), um possível tratamento (remédios, controle médico, realização de exames periódicos).